19 de set. de 2008

SPOILER - Titans #5 Review

I Know Your Hearth Because I Know Mine

Argumento: Judd Winick
Desenhos: Julian Lopes
Arte Final: Edgar Delgado, Prentis Rollins, Rodney Ramos
Capa: Joe Benitez, Oliver Nome

Com publicação originalmente anunciada para o mês de agosto, Titans #5 traria uma história intitulada "Date Night", com a arte de Rodney Buchemi (clique aqui para ver a capa feita por ele para essa edição).

Entretanto, como conseqüência da resposta negativa que as edições anteriores obtiveram perante o público, o título sofreu uma pesada intervenção editorial que culminou no adiamento das edições #4 e #5. Enquanto a edição #4 foi apenas parcialmente refeita, a #5 foi totalmente descartada, sofrendo grandes alterações no roteiro e tendo a arte de Buchemi 100% trocada pela de Joe Benitez. Mesmo o antigo editor do título, Eddie Berganza, foi substituído por Elisabeth Gehrlein e pelo próprio editor executivo Dan DiDio.

Após tantas mudanças e tantas polêmicas, esta semana finalmente temos a chance de conferir Titans #5. Sendo a primeira revista feita após a reformulação editoral, ela também servirá de base para que os fãs tenham uma idéia quanto aos rumos que o título deverá seguir daqui por diante, indicando se as mudanças feitas foram para melhor ou não.

Sinopse:

Ravena encontra-se em seu quarto (aparentemente, no Campus da Academia Strages, vista na mini-série DC Special: Raven) refletindo sobre a descoberta de que ela possui irmãos, quando uma colega de escola (aparentemente Jaslyn, também vista naquela mesma mini-série) entra e a avisa de que há um urso verde no saguão querendo falar com ela.

Gar queria encontrar-se com Ravena, mas temendo que ela não quisesse vê-lo, decidiu vir sem avisar. E para não ameaçar a identidade secreta dela como Rachel Roth vindo em sua forma natural, ele decidiu assumir a forma de um urso e se fazer passar por um agente de entrega de telegramas exóticos (algo que ele afirma não ser uma idéia tão idiota quanto parece, já que vários estudantes demonstraram interesse na contratação do serviço).

Quando Ravena pergunta sobre o motivo de sua vinda, Gar responde que ela tem passado por muitas dificuldades recentemente e que essa não é a primeira vez que isso acontece, então eles deveriam caminhar e conversar sobre o assunto, pois isso vai ajudá-la a sentir-se melhor. Ela aceita.

Enquanto isso, Roy, Donna e Roy encontram-se com Vic, que acaba de terminar os reparos em seu corpo (que foi danificado após os incidentes vistos em Titans East Special) e está de pé novamente. Paralelamente, Dick e Kory vão para a piscina nadar, alegando estarem com calor. Lá eles falam sobre como se sentem bem estando novamente na Torre Titã e como ela lhes deixa livres para serem eles mesmos. Também começam a discutir o recente incidente no qual eles fizeram sexo sob influência do Pecado da Luxúria (fato mostrado em Titans #3). Tudo parece caminhar para aquele mesmo desfecho, mas Kory surpreende Dick ao dizer que eles não devem deixar aquilo acontecer de novo nunca mais.

Quando Dick pede uma explicação, Kory lhe diz que eles estão sempre entrando e saindo de relacionamentos e apenas deixando as coisas acontecerem. Ela lhe pergunta se ele a ama, de uma forma que eles possam estar juntos para sempre e sem precisar de desculpas para isso. Ele responde não. Kory lhe dá um beijo e em seguida sai da piscina. Dick lhe pergunta se ela vai permanecer na Torre e a resposta é sim, pois lá ela se sente em casa.

Num cais de porto, Gar e Ravena estão sentados comendo Pizza. É revelado que, desde o confronto com o Zoomestre (fato mostrado em Teen Titans #15), Gar vem sofrendo de efeitos residuais resultantes de qualquer animal no qual ele se transforme. No momento, ele sente-se faminto por causa da transformação em urso, comendo uma enorme quantidade de Pizzas (havia 18 caixas na cena). Ravena começa a falar sobre as várias vezes em que perdeu o controle para o seu lado demoníaco, tornando-se maligna, e sobre a descoberta de que ela possui três irmãos na mesma situação. Gar lhe diz que eles são monstros e que são diferentes dela, mas Ravena responde que ela não tem certeza disso, já que muitas vezes ela pensa em assassinar os Titãs.

Quando Gar exige uma explicação sobre isso, Ravena afirma que não quer realmente assassinar os Titãs, mas esse pensamento continua passando pela cabeça dela. Caindo em lágrimas, ela lhe diz que, embora sempre tenham pensado nela como uma boa pessoa com um lado sombrio, talvez o lado sombrio seja seu verdadeiro eu. Que talvez ela seja uma criatura maligna (uma "coisa", nas palavras dela), que usa aquela personalidade bondosa que todos conhecem como uma máscara se disfarçar e se esconder do mundo. Ravena também afirma que sua voz tem soado diferente. Que seu tom, suas palavras e sua maneira de agir estariam diferentes dos da garota de 16 anos que ela era até poucos dias atrás. Ela sente que alguma coisa está mudando.

Subitamente, Ravena agride Gar com um soco. Sua aparência também se modifica, adquirindo pele vermelha, dois pares de olhos e garras (alguns quadros depois, sua roupas também estão diferentes). Gar tenta acalmá-la, dizendo que aquele não é seu verdadeiro eu, mas os três filhos de Trigon aparecem, afirmando o contrário. Mutano assume a forma de um elefante e os ataca, dizendo que eles são os culpados. Jared assume sua forma musculosa e o rechaça facilmente, arremessando-o no mar e afirmando que quando ela está perto da família, ela consegue ser mais dela mesma.

Os filhos de Trigon dizem para Mutano que eles não querem lutar e que vieram apenas buscar a irmã deles. Mutano assume a forma de um polvo e os ataca novamente, ordenando que fiquem longe dela, mas ele é facilmente espancado e derrotado por Jared. Jacob se aproxima de Ravena, que se mostra hostil a princípio. Mas quando ele diz que os três só vieram porque ela mesma os chamou, ela acalma e os aceita como sua família. Por sua própria conta, Ravena acompanha os outros filhos de Trigon para dentro de um portal que acabou de se abrir em pleno ar. Apesar de ferido, Mutano se levanta e tenta alcançá-la, mas o portal desaparece antes que ele consiga.

Opinião:

Inicialmente, vou falar sobre as mudanças aparentes em relação ao roteiro original, depois partir para a análise do título em si.

Originalmente, esta deveria ter sido uma edição independente ("Stand Alone", como a própria solicitação original mencionava). Também seria um interlúdio entre arcos, totalmente baseado na interação entre os personagens e quase sem cenas de ação. Sabíamos que essa edição também abordaria os relacionamentos amorosos de quatro personagens (Dick e Kory, Gar e Ravena) e terminaria com o reaparecimento de um antigo conhecido do grupo (que agora sabemos ser Jericó). O arco dos filhos de Trigon teria sido encerrado ainda na edição anterior (provavelmente com o retorno de Trigon como Quadragon e com o sacrifício de um dos Titãs, como havia sido originalmente anunciado).

Mas como conseqüência das mudanças feitas no desfecho do arco anterior, este capítulo e o próximo (no mínimo) agora servirão como um epílogo ao arco dos filhos de Trigon. Outra mudança percebida é a pá de cal que foi jogada em cima de um possível recomeço do relacionamento amoroso entre Dick e Kory (ou, mais provavelmente, apenas sexo descomprometido estilo Winick), pelo menos por enquanto. As principais especulações dos leitores são de que esse veto editorial ocorreu para que não houvesse contradições com o título Asa Noturna ou para que isso não interferisse com o desfecho da saga Batman R.I.P., mas a razão verdadeira permanece incerta. Por fim, sabemos que Jericó (ainda preso no corpo de Páreo), deverá se mostrar ao final de Titans #6, já que sua presença está confirmada pela capa da edição #7.

Outra aparente medida editorial diz respeito a fazer valer os parâmetros que foram traçados para Ravena por Marv Wolfman na mini-série DC Special: Raven. Se em Titans #1 ela foi mostrada freqüentando uma tal Escola Secundária James Madison, agora aparece vestindo um blusão da Academia Strages (a escola que ela freqüentava na dita mini-série). A garota que entra em seu quarto para avisá-la do urso verde é claramente hindu, fazendo com que eu suspeite de que se trata de Jaslyn, uma aluna indiana que se tornou amiga de Ravena naquela mesma mini-série. Por fim, o quarto de Ravena e o saguão também me lembram um pouco daqueles mostrados na mini-série (embora com a arte de Damion Scott fique difícil de ter certeza).

Agora, falando sobre o conteúdo de Titans #5 em si, meu primeiro comentário é: caixas de narrativa com narrador invisível onisciente?

Fazia tempo que eu não via isso nos quadrinhos. Atualmente, narrativas anônimas oniscientes tem sido substituídas por narrativas feitas com os pensamentos dos próprios personagens presentes na cena (houve até mesmo uma piada sobre isso na recente mini-série Ambush Bug). Já que também houve uma narrativa desse mesmo tipo em Titans #4, mas não nas anteriores, desconfio que elas tenham sido adicionadas pelos editores (ou mais provavelmente, pela editora Gehrlein). Não estou reclamando dessa característica, é só uma observação (apesar de preferir a personalização obtida na narrativa com pensamentos de personagens).

Minha segunda observação sobre este capítulo é a grande quantidade de referências presentes. Referências a mini-série DC Special: Raven, referências ao período de Geoff Johns à frente de Teen Titans, referências à fase clássica de Marv Wolfman e referências ao arco anterior. Na edição #4, também houve aquela pequena referência a saga das Sementes de Trigon. Novamente, é fácil atribuir isso à nova linha editorial do título. E como um arco vindouro promete incluir TODOS que já foram Titãs, eu diria que teremos ainda mais referências pela frente. Na minha opinião, uma grande quantidade de referências a outras histórias cai muito bem neste título em específico, tendo em vista que uma de suas bases fundamentais é justamente a nostalgia dos fãs por esta formação de equipe considerada clássica.

Isso faz com que eu me pergunte qual o grau de interferência que os editores estão tendo nesse título agora. O único trecho da edição #5 que eu tenho certeza absoluta de que não sofreu interferência dos editores são as falas de Jaslyn. Curiosamente, ela agiu como um tipo de mistura entre as personalidades que Gar e Ravena vinham demonstrando nos capítulos anteriores a intervenção editorial, somando a irritabilidade de Ravena aos comentários "pop-espertos" de Gar.

Falando de Gar e Ravena, os dois personagens tiveram sua melhor caracterização desde que o título começou. Ravena ainda mantém sua nova personalidade ranzinza e sarcástica (personalidade que ela também demonstrou essa semana no capítulo #17 de The Brave and the Bold, com roteiro de Marv Wolfman), mas agora está num nível mais agradável e interessante (embora, provavelmente, muitos fãs ainda preferiram sua antiga caracterização). Já Gar, deixou de ser um piadista-pop insensível e inconveniente para demonstrar grande preocupação com o bem-estar de sua amiga. De fato, ele não agiu como um exilado de American Pie, nem fez nenhuma piada ou tirada "esperta" o capítulo inteiro, demonstrando um humor mais natural, leve e não-forçado.

A caracterização dos outros personagens também está satisfatória. Se não chega a surpreender ou inovar, também não atrapalha. Minha parte favorita da revista foi com certeza aquela cena onde Kory decide colocar seu relacionamento com Dick em pratos limpos. Há muito tempo eu esperava que ela fizesse algo assim, afinal sinceridade emocional sempre foi sua principal característica. E já que ela teve papel de destaque recentemente em séries como 52, Countdown to Adventure e Rann/Thanagar: Holy War, acho que esse era o momento ideal para Kory crescer além do papel de namorada/amante/alívio sexual do Dick, ao qual ela já foi relegada tantas vezes (e corria o risco de ficar novamente nesta série). Uma coisa interessante de se notar, no entanto, é que a participação dela em DC Universe: Last Will and Testament acontece cronologicamente após a conversa que eles tiveram nessa edição.

Um trecho que me chamou particularmente a atenção nessa edição foi a revelação de que Gar vem sofrendo de efeitos residuais de qualquer animal no qual ele se transforme. Isso me fez lembrar imediatamente de como Gar foi retratado em O Reino do Amanhã (mini-série Elseworld que mostra um futuro alternativo para o Universo DC). Sob a identidade de Menagerie (chamado de "Bestiário" no Brasil), ele sempre mantinha traços de diversos animais ao mesmo tempo, podendo se transformar em criaturas quiméricas, mas sendo incapaz de se transformar em animais “puros” ou de reverter até a forma humana. Desde que Gar perdeu e recuperou seus poderes, várias pistas de que a sua doença estaria transformando-o em algo diferente vinham sendo derrubadas, de forma que é provável que este plot esteja sendo retomado.

Muitos podem achar que o plot "Ravena cedeu ao seu lado negro" é um baita de um clichê, assim como o vindouro arco sobre uma nova traição. E eu não discordo. Mas tendo em vista que estas são histórias feitas às pressas para substituir outras que foram vetadas pelos editores, isto é até compreensível. E, pessoalmente, eu prefiro um clichê bem feito a uma porcaria inovadora. (Obviamente, certos autores teriam suas cabeças pipocando de idéias mais originais e não precisariam desse tipo de apelação, mas deixemos essa discussão para outra ocasião). De qualquer forma, duvido que Ravena permaneça maligna por mais do que três edições (suspeito que ela já voltará ao normal na próxima) e talvez isso sirva para mostrar o senso de união do grupo (algo que o arco anterior falhou miseravelmente em mostrar).

Além disso, creio que era importante mostrar como Ravena reagiu a descoberta de que ela possui irmãos, ao invés dela seguir sua vida como se isso não tivesse importância nenhuma (algo que talvez acontecesse na versão original da edição #5). Fico feliz que, durante a aparição dos filhos de Trigon, o único que utilizou seus poderes tenha sido Jared. Como eu disse, prefiro um clichê bem feito (super-força) do que uma inovação tosca ("eu me transformo em quem você mais inveja!").

Adicionalmente, quando Ravena relata que ela não tem soado como ela mesma nos últimos dias, creio que ela estava se referindo ao comportamento raivoso que Winick lhe imprimiu nas últimas edições (lembrando que enquanto estamos nessa lenga-lenga há quase um ano, na cronologia do UDC mal deve ter se passado uma semana desde o ataque visto em Titans East Special). Talvez o novo despertar de seu lado demoníaco esteja sendo utilizado para justificar aquela personalidade irascível que ela vinha demonstrando (e talvez sirva de desculpa para resgatar a sua personalidade tímida e pacata).

E, como de costume, Gar só se ferra. Mais uma vez, ele leva uma baita surra. Pelo menos dessa vez houve o objetivo de mostrar que ele continua se levantando apesar das dificuldades. Geralmente, ele apanha por motivos menos dignos (simples alívio cômico, mostrar o nível poder de outro personagem... dentre outras coisas).

No que diz respeito à arte, a melhora da qualidade é bastante perceptível (se bem que era difícil piorar depois daquela vista em Titans #2). Esse estilo mais clássico sem dúvida vai agradar muitos leitores. Ainda não tenho uma opinião formada sobre o novo visual de Vic, mas vou esperar pelos próximos capítulos pra me decidir. Minha única reclamação é quanto à aparência de Gar em algumas cenas, onde ele apresenta traços demasiadamente femininos e olhos puxados (elementos que, combinados a suas orelhas pontudas, lhe dão a aparência de um elfo de RPG eletrônico). Outra coisa que eu percebi foi que o uniforme dele está diferente do mostrado ao final de Titans #4 e nas solicitações de Titans #5 e #6. A área vermelha que havia acima daquele "V" no peitoral do uniforme agora aparece pintada de branco, fundida ao tal "V". Talvez isso também seja uma reação aos comentários dos fãs que criticaram a semelhança entre o novo uniforme do Mutano e o uniforme do Asa Noturna.

Saldo Final: É muito fácil perceber que a intervenção editorial teve um efeito positivo no título. Mas se o leitor vai gostar desse capítulo em específico, vai depender de dois fatores. Primeiro, de seu nível de exigência, pois se capítulo cumpre seu papel satisfatoriamente, não chega a ser excepcional (embora comparado as edições anteriores ele seja ouro puro.). Em segundo lugar, da sua receptibilidade quanto aos acontecimentos mostrados (seja Ravena tornado-se maligna, o desfecho do relacionamento entre Kory e Dick, o novo visual de Ciborgue e etc.).

Espero apenas que as melhorias continuem aparecendo e que plots mais inovadores venham futuramente (e que o próximo capítulo encerre de vez a saga dos filhos de Trigon, porque ela já está me enchendo).



5 comentários:

Titã disse...

Ótimo review, Ed.

Definitivamente gostei muito da edição. Um ótimo artista e um roteiro plausível. Tá certo que sabemos que houve uma mudança no roteiro e que, felizmente, os editores foram felizes com as mudanças.

Eu me senti lendo os velhos Titãs, numa edição onde o tema principal foi discutir ou mostrar situações pessoais.

A conversa entre Dick e Kory foi sublime. Kory mostrou a mulher forte que se tornou. Não senti nada 'emo' na Kory, apenas uma mulher que cansou do 'ping-pong' que Dick vinha a submetendo e ela, por sua vez, aceitando.

Em uma página vimos uma ótima relação entre Wally, Roy, Vic e Donna. Não gostei do novo visual do Vic, entretanto.

Os painéis entre Gar e Raven foram admiráveis. Estou cada vez mais convicto de que vão fazer com que Ravena recupere a antiga forma. Ela já não está atuando como a chata adolescente que Winick propôs no início.

Era esse o tom que deveria ter sido usado desde o início. Era isso que todos nós, fãs, esperávamos. Minhas esperanças foram renovadas. Só espero que o título tenha um bom artista e que seja constante. Se continuar assim, eu fico feliz!

Concordo com o Ed sobre as referências. Gosto muito quando citam fatos ou situações passadas. Essa edição foi repleta disso.

Bom, já perdi a conta de quantas vezes "folheei" a revista! E não me canso!

Titã disse...

Ah, também concordo que a mudança de comportamento que a Ravena refere seja sua atitude tosca imposta por Winick.

Ainda bem, né.

Anônimo disse...

Como falei,eu só não gostei de duas coisas: Filhos de Trigon de volta e o fim do relacionamento de kory e dick. Não gostei,mas entendi do jeito que foi feito.
Ed,mais uma vez,seu review foi ótimo.Dá pra perceber a interferencia no roteiro,pq ele sozinho não faria isto nunca.E que bom começar a ver o vic junto com o pessoal de novo,sem estar danificado. Quanto ao lado sombrio da ravena,é um plot que merece sim ser explorado na minha opinião ,pq ela é filha de um demônio,sempre tentando controlar seu lado sombrio.Se for bem conduzido,eu acho que ficaria bom.
E as referencias foram bem citadas,tudo na sua devida hora,sem atrapalhar em nada.

Anônimo disse...

Bom trabalho no review, Ed.

Bem, achei uma boa edição, em comparação com as anteriores, mas mesmo assim ainda tá meio...meh...parece que o grupo só possuiu um título para agradar os fãs que sentiam falta, ainda não há nada anunciado que pareça atrair a atenção dos leitores. Os diálogos estão claramente sofrendo imposição editorial com a maior atenção possível(o que é espantoso, vindo de um editor da linha Carlin) e a arte simples e certeira do Lopez ajudou bastante (apesar na arte mais recente de BATO ele estava melhor, mas pode ser por causa de mais de um arte finalista).

Legal ver esses detalhes de continuidade respeitados (só achei estranho o fato do Gar comentar que desde o Zoomestre ele sofre destes "efeitos colaterais, uma vez que desde o começo do run do Johns ele comenta sobre os efeitos das transformações, ou seja, muito antes do contato dele com o inimigo), sempre achei que essa evolução dos poderes do Gar, como os mostrados em Titans of Tomorrow e KC tavam demorando para aparecer na continuidade normal e, finalmente, parece que vão dar um jeito no "relacionamento" Dick/Kory (apesar que tenho certeza que o Winick vai usar da velha carta marcada do sexo casual frequentemente).

Também não gostei do novo visual do Vic (que já apareceu em Trinity), é praticamente um caminho de volta ao "modelo freezer/robocop" de antigamente. Adora o visual "Clean" do Mckone para ele, era bem moderno e eficaz para a proposta homem/máquina do personagem.

Sobre as caixas de narrador onisciente: É um recurso que o Winick sempre usa...e até demais e sem necessidade. Ele usava isso até dizer chega em Outsiders. É um recurso "ultrapassado" que eu até gosto do uso mais moderado, no tempo certo e com motivo certo (como o Meltzer e o Morrison fazem) se não acaba caindo na verborragia desnecessária.

Bem, creio que desde a fase "aura de luz" da Raven esse caso da filha DU MAL já foi consertado (ou, pelomenos, aliviado). Já o uniforme transmorfo do Gar eu já comentei até demais hehehe.

Eddy Barrows disse...

Arrebentou no Review Ed, meus parabens, o Julian Lopes é um excelente desenhista, seus personagens são muito expressivos e dinamicos, algo que andava faltando nos Titans, a DC acertou em cheio ao chama-lo para esse arco, sinceramente, eu prefiro o Julian ao Howard Porter.
Abraços
Eddy