14 de dez. de 2009

(Spoiler ) Titans #20 - Resenha

Growing Young
Roteiro: Mike Johnson
Arte: Sérgio Ariño
Arte-Final: Wayne Faucher

Resenha

A edição começa com Donna na Ilha Titã, em New York. Dentro do edifício, ela recebe várias ligações de seus amigos: Roy pede que ela fique com Lian por um momento, Kory querendo conversar, Vic pedindo que ela o substitua no monitor, etc. Ela começa a pensar nos recentes fatos e nos motivos que fizeram os Titãs se reunirem. Entretanto, ela percebe que todos estão vivendo sua vida, enquanto ela ainda se mantém solicita aos problemas de todos. Neste momento, ela recebe uma ligação de Miami, solicitando os trabalhos como fotógrafa de Donna Prince.

Ela se assusta, pois Donna Prince foi uma identidade que ela criara como uma identidade secreta, anos atrás. Em princípio, ela cogita não aceitar, pois teria responsabilidades com seus amigos, entretanto, ela acaba aceitando e voa para Miami, em excitação. Ao chegar em Miami, ela se sente animada, pois a cidade e o clima a lembram Themyscira. No hotel, Donna toma um tempo somente para si e, aparentemente, está feliz com isso.

Mais tarde, no evento em que fora contratada para fotografar, Donna veste um sensual vestido vermelho e óculos, tentando disfarçar sua identidade. Um dos convidados tenta um flerte com Donna Prince, mas ela é salva dos galanteios medíocres pelo barman Tom. Naturalmente, neste momento, os dois sentem algo um pelo outro. Em seguida, ao ponderar o quanto sentia falta de fotografar, Donna é atacada pelo Quinteto Mortal.

Durante o ataque, Cintila diz que a convocação que ela recebera para o trabalho, na verdade, era uma cilada. O Quinteto fora contratado por alguém misterioso, que conhece bem Donna, para atacá-la. Cintila ainda a provoca, dizendo que enfrentara Moça-Maravilha, semanas atrás. Todavia Donna derrota cada membro e avisa que é melhor pensar duas vezes antes de atacar qualquer Titã. Assim, o grupo de vilões é enviado preso a Belle Reve.

Concomitantemente, Tom aborda Donna, uniformizada de Tróia, pedindo que entregasse a câmera da amiga dela. Naturalmente, Donna sentiu que o barman percebeu que Donna Prince e Tróia são a mesma pessoa, mas mantiveram o jogo. Ele pede à Tróia que dê um recado à fotógrafa: "Diga a ela que vermelho é sua cor!", deixando óbvio sua percepção.

Duas semanas depois, Donna aluga um apartamento em Miami, decidindo levar sua vida na cidade. Antes de ligar para Tom, Donna conclui que mesmo morando distante de New York, ela estará por lá sempre que seus amigos precisarem.

Opinião

A estória foi de rápida leitura e sem complicações. O roteirista mostrou gostar da personagem, criando um roteiro que mostrasse Donna seguindo sua vida, assim como seus amigos fizeram. Naturalmente, esta série "A Day in the Life!" propunha essa temática. Como o próprio Johnson disse, em uma entrevista para o Newsarama.com, ele utilizou elementos do passado e presente para direcionar um futuro para a personagem. Na estória, Donna diz que o alter ego "Donna Prince" foi uma das identidades secretas que ela utilizara no passado. Embora isso nunca ter sido mostrado, no passado editorial da personagem, foi uma boa sacada para ligarem sua antiga profissão. Entretanto, seria mais fácil ligarem este trabalho aos Estúdios Aurora, em que Donna trabalhou por algum tempo, como sócia.

O uso do Quinteto Mortal como ameaça foi interessante, pois realmente Donna já o enfrentara algumas vezes. O fato de Cintila ter dito que havia atacado a Cassie, semanas antes da luta com Donna, mostrou um elo maior entre as "Moças-Maravilhas". Alguns leitores podem achar que teria sido melhor utilizar outro vilão como antagonista na estória. Mas o roteiro e a série propunha algo que terminasse ali, sem introduzir novos aspectos ao personagem. É certo que na edição para o Cyborg, novos aspectos foram inseridos em sua vida, como a nova namorada, por exemplo. Mas a história de Donna é tão complexa, que mostrá-la seguindo sua vida é bem satisfatório. Claro que nos foi apresentado também Tom (clone do Nêmesis, "namorado" de Diana Prince?), o que pode render algum novo personagem de apoio para a personagem. O roteirista fechou bem a edição, mantendo Donna ainda ligada à sua família Titânica.

Em relação a arte, Ariño mostrou-se um bom artista, não pecando em exageros e com narrativa coesa. Entretanto, senti uma certa falta de dinamismo em seu trabalho. Os personagens pareciam que estavam sempre fazendo pose. Entretanto, foi uma das edições que mais me agradou em arte, neste volume do título.

Frase da edição: "Posso voltar a New York sempre que meus amigos precisarem de mim. SEMPRE estarei lá para eles".

Nota:

Roteiro: 8,0
Arte: 7,0

Um comentário:

Éden disse...

Bom saber que ela não... mudou de profissão como eu e um outro estavamos insinuando.