19 de mai. de 2010

Questão de Opinião: o que o Brasil não viu (e talvez nem verá)

Contém Spoilers (se você só leu o que a Panini já publicou)


Que é lastimável o fato do cancelamento da publicação de Novos Titãs no Brasil, não há como negar. Mas, talvez, a Panini tenha escolhido o melhor momento para isso.

A partir do ponto em que as histórias pararam no Brasil (Teen Titans #69 e Titans #11), iniciaria o controverso arco “Deathtrap”. Literalmente uma armadilha mortal.

O arco começou com o Anual dos Novos Titãs e passou pelos títulos ‘Novos Titãs’, ‘Titãs’ e ‘Vigilante’. Para quem não sabe, as duas equipes de Titãs, incluindo a Devastadora, estão tentando parar Jericó (ainda alucinado com as pessoas que possuiu e que agora tomam sua mente, especialmente Slade) enquanto tentam impedir que o Vigilante o encontre primeiro. Ao final da história, você sente que nada pior poderia acontecer a Joey, já que ele continua enlouquecido, mas agora sem poder usar seus poderes, graças ao Vigilante. Ao passo que aos demais Titãs, nada foi acrescentado.

Então, você continua lendo as revistas dos Titãs, e chegam os eventos d’A Noite mais Densa. E vemos um Joey lúcido e recuperado. E você se pergunta, para que serviu “Deathtrap” afinal?

A história apresentou ação, teve sacadas interessantes, as duas equipes puderam interagir, além de termos caras como Wolfmann e McKeever envolvidos. No final você fica verdadeiramente com pena de Joey Wilson. Mas se na história seguinte ele estaria milagrosamente bem, pra que tudo isso?

A história dos Wilson enfrentando seus parentes e amigos mortos, como Lanternas Negros, foi muito boa, sem dúvida, tirando o fato de aniquilar com os acontecimentos de “Deathtrap”, sem mais nem menos.

Não minha opinião, foi uma história ruím.

A partir daí, as histórias das duas equipes seguem rumos diferentes, se encontrando apenas para os tie-ins de “Blackest Night: Titans”, onde alguns integrantes de cada equipe se uniram a Dawn para lutar contra os ‘titãs lanternas negros’.

Em Titãs vemos algumas das histórias mais lindas desde a nova reunião dos clássicos. Não era de se esperar menos, já que Krul estava envolvido em algumas delas. E convenhamos, ele sabe trabalhar com os Titãs. O problema é que todas essas histórias levam ao término da equipe. As melhores histórias são também as últimas. Mas vale por momentos como a história de Roy e Lian voltando a Star City (especialmente se você sabe o que vem depois), ou Donna comprando seu novo apartamento, os Titãs e os filhos de Roy e Wally num almoço juntos, na história sobre Ravena, entre outros. Como muitos sabem a equipe se desfaz com o arco “Fraturados”.

Saídos de Titãs, Gar e Rachel vão para a equipe dos Titãs (e sinceramente não gostei da forma como trataram Gar e sua tentativa de “tomar a liderança”). Ao longo do tempo, principalmente enquanto a equipe parte para Dakota para ajudar Super-Choque, temos muitos momentos legais, de interação, de batalhas interessantes e de retomada do conceito de o que é ser um Titã, enquanto Cassie vai superando a morte de Eddie (durante a luta contra o novo Quinteto Fatal, mandados pelo Calculador para vingar Marvin e Wendy) e voltando a ser líder da equipe.

E chega o ponto alto dos Titãs até então: a volta de Bart e Conner, durante a luta contra Holocausto. E como eu queria que Krul assumisse a partir da próxima edição! Não que Felícia seja ruim, mas acho que ela ainda não dá uma boa sequência aos fatos. As coisas acontecem muito rápido e quando a gente vê, a Ravena sumiu!

A nova formação dos Novos Titãs tem absolutamente tudo pra dar certo, se cair nas mãos certas. Ainda não sabemos qual será essa formação posto que muita gente tenha voltado, mas a equipe não se fixou ainda. Bart e Conner disseram que iam voltar pra equipe na edição #82. Ravena parece ter chegado à ilha mais para pedir ajuda do que para fazer parte da família, mas depois pegou o espírito.

Sabemos que Virgil e Lorena são membros (embora ela não tenha aparecido muito nas capas), mas Amy ainda é uma incógnita para mim. Ainda mais com os rumores de que Rose anda por perto. Jaime provavelmente estará envolvido com Justice League: Generation Lost. Miss Marte some, às vezes. Enfim, acredito que tudo se definirá após o arco onde os Novos Titãs enfrentam The Wyld.

Mas o que eu quero dizer é que realmente as coisas não estão boas para os Titãs. E o Dia Mais Claro também não promete ser bonzinho. Mas quem sabe em breve nossos heróis não voltam com tudo, inclusive ao Brasil?

3 comentários:

Titã disse...

Excelente artigo, Broilo. Os "órfãos" da Panini poderão se orientar através de seu texto.

Pois é, concordo sobre a "armadilha mortal" em relação ao Joey. O crossover não serviu de nada! A única coisa boa foi ver Rose lutar por seu irmão e a arte de Bennett em TT 70. Perfeita! (E eu ajudei nas referências... ehhehe).

Aguardem uma entrevista exclusiva para a Torre Titã com o Krul. Ele comenta sobre o Joey e o que espera do personagem...

Concordo também com o fato de que as coisas entrarão no eixo após este arco. Se os boatos de que Krul assumirá o título forem reais, poderemos ver uma ótima interação entre os teens e uma abordagem real de Gar e Raven...

Dá-lhe, Krul.

Rodrigo Broilo disse...

Hehehehe
É verdade! Página 21 para ser mais preciso!
Não sabia que tu tocava piano? hehehe

Dá-lhe, Krul [2]

Gustavo "Antimonitor" Sleman disse...

Tu tem essa imagem Tarcisio queri ver... eu acompanhava titãs pela panini....