27 de mai. de 2010

REVIEW - JLA: THE RISE OF ARSENAL #03


Domestic Disturbance

Roteiro: J.T. Krul
Arte: Geraldo Borges, Kevin Sharpe e Sérgio Ariño.
Arte-Final: Marlo Alquiza e John Dell
Cores: Hi-Fi
Capa Alternativa: Greg Horn
Editor: Brian Cunningham

Resenha

Iniciada na edição anterior, Roy é surpreendido por Lince, que procura ferir Roy, culpando-o pela morte de Lian. Os dois se deparam no meio de uma luta ferrenha, onde o óbvio acontece, em seguida: Eles acabam se beijando e "tentam" fazer amor. Lince diz ao herói que ela imagina como está sua cabeça, após tantos fatos. Ele, então, a deixa e decide extravasar sua ira nas ruas.

Enfrentando vários bandidos (e ferindo-os com extrema raiva), Roy continua a ter alucinações com seu amigo Corey. Este o incita constantemente a se drogar, argumentando que é a única saída para livrar das dores. Em meio a isso, Roy percebe um traficante vendendo drogas em uma esquina de Star City. Mais uma vez, Corey o provoca, fazendo com que Roy se dispara em direção ao traficante. Este, temendo seu destino, promete que jamais venderá tal coisa naquele ponto, mas Arsenal diz que ele não entendera, pois o que ele quer é todo o estoque de heroína do bandido.

Assim, o jovem Titã se droga e passa a ter alucinações intensas. Ele é surpreendido pela visão de Lian, que diz estar bem. Entretanto, Prometheus aparece, tentando capturar a garota, mas o pai o enfrenta bravamente. Neste ínterim, Dick (o Batman) aparece tentando ajudá-lo, mas Roy o interpreta como sendo o Eletrocutor. Os dois também se enfrentam, quando Dick acaba levando vantagem na luta, prometendo ajudar seu grande amigo.

Em um centro de recuperação de drogados, Roy se encontra amarrado. Dinah está a seu lado e diz que esta ocasião se difere da outra, pois antes, Roy queria ajuda, o que parece não acontecer no momento. Dick diz à Dinah que espera a recuperação do amigo, mas, sem dúvida, ele precisa se ajudar antes.

Em seguida, Arsenal procura afastar as alucinações com Corey, argumentando que Dinah está certa. Mas, de repente, sua atenção é tomada por Lian, totalmente ferida e irada, questionando o porquê d'ele não ter ouvido seus prantos.

Continua...

Opinião

É notável que a decisão editorial de transformar Roy em um vilão ou anti-herói vem sendo elaborada há meses. Krul desatou os nós de TITANS #19 (edição em que tudo foi maravilhoso) em relação à atual edição. Tudo levava a crer que, com a perda de Lian, Roy se transformaria. E isso vem ocorrendo aos poucos. Já é sabido que Arsenal integrará os Titãs Mercenários, evidenciando cada vez mais decisão dos Editores.

Naturalmente, espero que isto seja passageiro, mas é inevitável concordar que é uma fase excitante para nosso personagem. Sua personalidade é tão forte que, ao lado de seu grande potencial como personagem, mantê-lo "Arqueiro Vermelho" seria um desperdício. Roy tem grande personalidade e merece o destaque que vem tendo no UDC.

Nossa sorte é que ele vem sendo trabalhado pelo grande roteirista Krul. Este realmente conhece estes personagens e faz jus à sua recente adquirida fama. Com maestria, Krul nos surpreende, mesmo sendo óbvio, com o fim da luta entre Lince e o Titã. Em poucas páginas, o autor consegue nos remeter a tudo que o herói passou em sua trajetória nos quadrinhos. Inserir, aos poucos, elementos da história dos Titãs e do protagonista, Krul nos proporciona a sensação de estarmos sendo respeitados como fãs. Não o culpo pelo fato de Roy voltar a se drogar, mas é uma estória a ser contada (e espero que logo tudo isso se resolva). Ver Vic, Donna, Dick (principalmente nesta edição, cumprindo o papel de grande amigo), Dinah, Rose, etc, alivia nossa preocupação com o personagem.

O título para a próxima edição - "A morte de um herói" - já nos prepara para o desfecho desta minissérie. Roy, com certeza, assumirá um papel anti-herói a partir de agora. De acordo com as solicitações para o mês de Agosto, o herói se aliará ao Exterminador contra uma assossiação que escraviza crianças. Ainda assim, Roy manterá seu papel de herói. Neste contexto, continuo classificando o personagem como anti-herói, a partir de agora.

Em relação à arte, como foi feito em TITANS: VILLAINS FOR HIRE SPECIAL, houve um revezamento de desenhistas. Inclusive, com um deles em comum - Sérgio Ariño - que confundiu os desatentos naquela edição, que classificaram o Fiorentino de instável (risos). Todos os três são excelentes e trazem a dinâmica necessária à estória em questão. Ainda nesta edição, nos foi apresentado o novo uniforme de Arsenal: Ainda em cores escarlates, mas agora repletos de apetrechos que lhe servem de armas, como várias adagas dispostas na nova roupa.

Bom, vamos esperar o desfecho para concluirmos nossa opinião sobre o destino do personagem.

Nota:

Roteiro: 10
Arte: 8,0

Frase da Edição: "Tudo ficará bem. Prometo!". (Dick Grayson)

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