12 de jun. de 2012

Rapina e Columba # 1 – As asas da polêmica


Por Rodrigo Garrit
Originalmente publicado no Santuário
Este artigo contém spoilers.
Acabei de ler a ótima história da revista Rapina e Columba. Não, não estou sendo irônico. Bom, vamos esclarecer isso logo aqui no começo: a história de Sterling Gates é muito divertida, tem aquele clima das boas HQs de Rapina e Columba dos anos 90, com ação, pancadaria e conflitos internos dos personagens. Gates fez um bom trabalho em sua passagem por Supergirl, e sabe contar essas histórias que não são exatamente profundas ou complexas, mas entretêm e isso pra mim já está de bom tamanho. Columba explora seus poderes de forma formidável, e temos a dica de que agora ela possui um novo poder, uma espécie de sentido de aranha para pressentir o perigo. Fica implícito que ela sempre teve esse dom, e que Don Hall, o Columba anterior também tinha, embora (que eu saiba) isso nunca foi explorado antes. Hank Hall parece ter regredido um pouco seu relacionamento com Dawn… eu lembro que ele já havia superado o fato dela “substituir” seu irmão falecido e aceita-la como sua nova parceira… agora ele parece ter dúvidas, se pergunta “por que tinha que ser justo ela”? O que pode denotar um sentimento romântico dele em relação a moça, que agora está namorando o Desafiador…
Por falar em Don Hall, temos um breve resumo da origem da dupla numa conversa entre Hank e seu pai… ao que aparece aconteceu da mesma forma que antes do reboot, os garotos estavam presos numa sala enquanto seu pai corria risco de morte nas mãos de bandidos, quando uma voz misteriosa surgiu e lhes ofereceu poder para resolver a situação. O detalhe é que desta vez, parece que Don tinha uma ligação maior com a tal voz, tomando a iniciativa de aceitar os poderes. A morte dele também parece ter ficado inalterada, já que vemos uma cena de flashback onde ele perde a vida ao salvar uma criança, durante a “pior crise” que a humanidade já enfrentou, conforme disse Hank. Ou seja, Crise nas Infinitas Terras não foi apagada da continuidade.
A trama agora parece se cruzar com os atos terroristas de um cientista que cria zumbis para praticar atentados, e o misterioso surgimento uma figura com traje parecido com o do Rapina, mas de cores diferentes.
Mistérios também rondam nossa singela Columba… ela conta ao Desafiador que até hoje nunca revelou ao Rapina de onde ela realmente veio, e que se for pelo bem do mundo, ele nunca precisa saber sobre ela e Don.
História descompromissada, divertida, instigante. Estou motivado a acompanhar o próximo número. O roteirista cumpriu sua função de manter a atenção e prolonga-la pelo menos por enquanto.
Bom, eu também preciso falar sobre a arte não é?  Certo. A capa e a arte interna foram desenhadas pelo Rob Liefeld  . Eu consegui ler a edição inteira e meus olhos não derreteram. Ele já foi pior… por agora deu pra passar. Isso é o melhor que posso que falar sobre ele.
Sabe o que me mata? A série original de Rapina e Columba desenhada por ele estava bem feita! Procurem nas imagens do google. Ou ele tinha um arte finalista milagroso, ou era alguém que assinava por ele. Talvez tenha sido a única coisa decente que ele desenhou na vida. Bom, mas falar sobre esse artista seria contraproducente, e não quero criar nenhuma polêmica com isso.
Nota: 7

Um comentário:

Venerável Victor disse...

Quem for acompanhar essas resenhas da revista Rapina e Columba, escritas pelo Garrit...vai se divertir muitooooooooooooooooooooo!!! E vai odiar o fato do Liefeld parar de produzi-las...nunca pensei que diria isso! Era melhor que MAD!!!