7 de jun. de 2015

Nova ESTELAR “ingênua, esperta... realista e maluca”, diz artista



Tradução da matéria originalmente publicada no site Newsarama, no dia 1 de junho de 2015, escrita por Vaneta Rogers.

Como Estelar terá uma nova direção este mês pela dupla de escritores Jimmy Palmiotti e Amanda Conner, ela também terá um visual pela artista Emanuela Luppachino.

Starfire #1 tira Kory do mundo dos super-heróis e a coloca em Key West, na tentativa de conhecer “terráqueos normais”, como disse a dupla de escritores ao Newsarama.

E Lupacchino também está criando um novo visual a Kory, baseado no design de Conner, mas concentrado no que ela chama de tornar a personagem “sexy, mas não apenas por causa de seu corpo. Ela é muito mais que isso.”

Lupacchino é uma artista italiana que despontou nos quadrinhos da Europa e logo em seguida passou a trabalhar para a Marvel e a DC em títulos como X-Factor e Supergirl. Newsarama conversou com a artista e conseguiu alguns previews do trabalho dela, sobre sua experiência incomum, sua proximidade com a personagem do título e o que os leitores podem esperar de Starfire.


Newsarama: Emma, eu li que trabalhou em uma série italiana antes de ser contratada para X-Factor na Marvel, que a levou para os quadrinhos americanos. Você fez muitos trabalhos desde então, mas como foi sua experiência antes dos quadrinhos?

Emanuela Lupacchino: Minha experiência foi um pouco estranha. Eu trabalhava em um laboratório de pesquisas, eu sou biotecnóloga e meu trabalho se resumia a trabalhar com micro-organismos e DNA até seis anos atrás.

Nrama: Uau, é um pouco diferente do caminho normal para os quadrinhos. O que aconteceu há seis anos que fez as coisas mudarem?

Lupacchino: Eu percebi que amava a arte muito mais e tentei fazer disso um meio de vida. Fui a uma escola por três anos onde aprendi como desenhas revistas em quadrinhos. Quando comecei na primeira aula, percebi que estava muito mais feliz trabalhando com arte do que fazendo pesquisas.

Nrama: Vamos falar sobre o desenvolvimento da sua arte. Como você descreveria o seu estilo?

Lupacchino: Acho que desenho de um modo clássico. Eu amo trabalhar nos detalhes, expressões, gestos – passo muito tempo nisso.

Nrama: Você tem artistas em que se influencia?

Lupacchino: Minhas influências são muitas, mas os autores mais importantes para mim são os que estão sempre perto de mim na minha mesa enquanto eu trabalho: Dave Stevens, Garcia Lopez, Kevin Nowlan, Ryan Sook e Adam Hughes.

Mas toneladas de outros autores realmente me inspiram com seus trabalhos. Estes são os únicos com os quais não posso viver sem.

Nrama: Você lançará uma nova série Starfire no dia 10 de junho. Como você descreveria a revista?

Lupacchino: Quando eu li pela primeira vez o script de Starfire, foi uma surpresa! Eu não esperava nada daquilo que estava lendo. É um novo mundo, uma nova maneira de descrever uma super-heroína, e é tanto extremamente realista quanto maluco.

Eles moram em uma cidade adequada, na Terra, com pessoas reais, mas tudo o que acontece na história é irreal. Tudo é inesperado. Starfire tem muita diversão, e drama, e ação. É puro entretenimento e a história não é previsível. Toda vez que você vira uma página, você se maravilha com a próxima!

Estou tentando tomar cuidado com cada personagem, porque todos são importantes para a história – mesmo que não sejam personagens principais, eles conduzem uma parte específica da história e o jeito que eles aparentam e o jeito que agem são cruciais.

Nrama: E sobre a própria Estelar? Qual é sua abordagem visual para a personagem?

Lupacchino: Eu quero que ela seja inocente e esperta ao mesmo tempo. Ela é capaz de coisas grandiosas por causa de seus poderes incríveis, mas não estamos focando seus poderes ou habilidades. Estamos focando em ela viver sua vida enquanto muitas coisas acontecem. Então, quero que ela seja a mais real possível, com sentimentos verdadeiros. E quero que ela seja sexy, mas não apenas por causa de seu corpo. Ela é muito mais que isso.

Nrama: Você pode descrever as técnicas que usa para criar a arte de Starfire? Você trabalha digitalmente na maior parte da revista?

Lupacchino: Eu trabalho digitalmente e tradicionalmente. Eu faço no digital toda a parte do layout.

Eu uso 3D para fazer prédios, veículos e os ambientes familiares da revista (como a delegacia, seu trailer, o cara da xerife). Acho isso importante para manter o mais coerente os lugares onde moram.

Então, eu trabalho com Cintiq em todos os layouts. É um modo mais rápido de ajeitar a página – você pode encolher ou alargar os painéis, virá-los e mover as grades como desejar. É um processo criativo que, fazendo digitalmente, dá oportunidade de testar várias opções rapidamente.

Uma vez que os layouts estejam prontos, trabalho tradicionalmente no papel com lápis. A ferramenta mais preciosa que tenho é a borracha elétrica, para trabalhar nas pequenas correções no lápis. Quando trabalho com capas, também as arte-finalizo. Então eu uso o lápis azul em vez do tradicional para fazer a arte preliminar e depois arte-finalizo.

Nrama: Como terminamos a entrevista, Emma, tem algo que queira dividir com os leitores sobre Starfire?

Lupacchino: Acho que Starfire é muito divertido. Os personagens e ambientes são tão bem definidos que vocês irão amá-los à primeira vista. Ela não pertence ao planeta Terra, mas ela é mais humana que nós. E quanto mais você presta atenção a cada detalhe da revista enquanto lê, mais diversão terá!


Fonte: Newsarama

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