11 de out. de 2008

Gray & Palmiotti falam sobre "Terra"

Em entrevista ao site CBR News, Justin Gray e Jimmy Palmiotti falaram a respeito da vindoura mini-série "Terra" e da nova série mensal da Poderosa, ambas da autoria da dupla. Abaixo segue uma tradução livre dos trechos pertinentes a mini-série "Terra" (para ver a versão original em inglês, clique aqui):

Já faz dois anos desde que veio a primeira palavra da DC Comics sobre a série da completamente nova “Terra”, apresentando uma heroína que definitivamente não é a traidora adolescente da famosa história “O Contrato de Judas”, dos Novos Titãs de Marv Wolfman e George Perez, mas definitivamente está conectada de modos desconhecidos à legendária vira-casaca.

Enquanto a longa espera pela personagem que fez aparições especiais anteriormente em Supergirl #12 e III Guerra Mundial corre o risco afastar fãs calejados pelas expectativas adiantadas, os co-escritores Justin Gray e Jimmy Palmiotti (Jonah Hex) não estão fazendo desculpas, mas sim promessas para o sucesso criativo da série em quatro capítulos ilustrada por Amanda Connor, quando ela finalmente estrear em Novembro.

Gray disse, “O Tempo sempre ajuda e tentamos o nosso melhor para ter todo o projeto funcionando conforme avança. Este tipo de abordagem permite-nos voltar nos scripts e estreitar e amarrar todos os elementos da história. Com Terra, foi o caso de tentar ter muita diversão com a personagem e permitir que aquilo se mostrasse através de cada painel. Ter Amanda conosco permitiu que isso acontecesse".

Palmiotti adicionou, “Nós conseguimos arranjar tempo para ajustar uma ou duas anotações menores, mas realmente, o tempo extra deu a Amanda e Paul Mounts [o colorista] a maior oportunidade para entrar e adicionar algum caldo extra à revista. Visualmente, o trabalho de ambos está estonteante em cada nível”.

Mas com dois anos de espera também vieram dois anos válidos de planejamento e, no caso de Terra, os criadores tentaram o mais difícil para deixar a nova série pousar na estreita linha entre a amigabilidade para com os novos leitores e os acenos de continuidade para os fanboys. Palmiotti acredita que os trabalhos anteriores da dupla os prepararam bem para percorrer essa trilha.

Bem, nós tivemos muita história para lidar com no nosso percurso em Hawkman, e a história de Jonah Hex ainda tem muito impacto nas nossas novas histórias de tempos em tempos, mas nós tentamos ter uma mistura balanceada do velho e do novo nesta série e agora, olhando para trás, muito mais do novo. Esta história de Terra é importante para nós, mas não tanto que nós ficamos enrolando com os detalhes do passado. Nós pegamos alguns grandes golpes e acertamos nas coisas que sentíamos que os leitores duros-de-matar queriam ver aqui”.

Gray disse, “O desafio sempre foi encontrar um jeito de conectar esta Terra a anterior e, com umas poucas torcidinhas, acho que nós conseguimos fazer isso. Você não pode se prender tão pesadamente à mitologia existente quando está criando alguém novo, porque isto os diminui enquanto personagens. Terra precisa se sustentar como sua própria garota e ela faz isso”.

E como os leitores viram na estréia da nova Terra no título solo Supergirl por Gray e Palmiotti, a adolescente arremessadora de rochas tem um ponto de vista notavelmente mais ensolarado do que a antecessora dela e muitos heróis modernos. O tom veio com um propósito e um desafio. Gray disse, “Nós queríamos que ela ficasse em oposição ao molde dos anti-heróis existentes e especialmente de Tara Markov em termos de personalidade e conduta”.

Palmiotti adicionou, “É fácil fazer personagens sombrios todo o tempo e cair naquela rotina, então quando nós enfocamos a idéia de uma nova Terra, nós queríamos voltar aos valores aparentemente antiquados dos super-heróis clássicos e atualizá-los ao mesmo tempo. Há coisas pesadas na série, mas isso é balanceado por coisas mais leves também. As cenas entre Poderosa e Terra, por exemplo, são leves e ainda revelam muito entre elas”.

Falando de Poderosa, a heroína Kryptoniana estrelará em breve a sua própria série mensal por cortesia do time criativo de Terra, mas Palmiotti apontou que a inclusão dela é uma questão igualmente de temática e significância na história, enquanto se conectava ao próximo projeto. “Enquanto personagens, ambas são peixes fora d’água e sabíamos que conduziríamos a série Poderosa, então nós pensamos que seria uma boa idéia amarrá-las juntas. Honestamente, adoro Poderosa e o jeito que Amanda a desenha, então isso também ajudou na nossa decisão”.

Gray explicou, “Claro, Kara é somente uma das muitas estrelas convidadas apresentadas na mini em quatro capítulos Terra, e além de aparições selecionadas por mérito do Doutor Meia-Noite, o conhecimento de Terra sobre o mundo dos super-heróis providenciará um sólido gancho para novos leitores e também trazer a atenção do irmão da heroína original, Geo-Força. A razão porque ela sabe tanto se conecta diretamente a quem ela é e porque ela existe. A encarnação anterior de Terra ficou um pouco louca porque ela não sabia tudo sobre ela mesma”.

Palmiotti disse, “Geo-Força tem uma história que nós todos conhecemos a respeito, mas a nova Terra tem alguma coisa a mais na mente dela que ela precisa explicar para ele”.

Gray e Palmiotti realçaram que embora Terra seria construída sobre os ombros das histórias que vieram antes, a preocupação primaria deles era adicionar novos elementos ao canônico da DC, que é uma área aonde as perícias artísticas de Connor entraram pesadamente em jogo. “É um terreno completamente novo, nunca antes explorado, então ela não teve de pesquisar 30 anos de história passada da DC. Ela teve que criar todos os novos personagens, ambientações e tal. Ela realmente fez uso da imaginação neste título”, Palmiotti disse, referindo-se aos vilões da série, Pyrite e os Lavarianos. “Eles se relacionam a personagem, de onde ela vem e ao porque dela estar situada aonde ela está na série. Não faz sentido apenas agarrar algum vilão antigo e arremessá-lo contra ela. Cada um deles tem um propósito ao qual servir, seja trazendo alguns detalhes sobre o personagem dela ou apenas definindo os poderes. Acho que empurramos algumas batalhas divertidas dentro da história”.

Gray concluiu, “Os vilões são variados, mas temáticos à história e ao objetivo. No entanto, sim, eles não são exatamente assassinos orientados a dominação mundial. Bem, alguns deles são, mas eles são realmente divertidos e visualmente diferentes. Há também alguns poucos vilões familiares, que eu queria usar porque eu amo o design”.

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