28 de mai. de 2008

SPOILER - DC Special: Cyborg #01 – Review

Roteiro: Mark Sable
Arte:
Ken Lashley
Arte Final:
Jonathan Glapion
Cores:
JD Smith

A primeira edição da mini-série de Cyborg é mais voltada às origens de Victor Stone, ou seja, como foi sua infância, o relacionamento com seus pais, amigos como Ron e Marcy Reynolds, sua transformação em Cyborg, a mágoa por seu pai, sua entrada nos Novos Titãs e novos amigos como Sarah Simms. Destaque especial para o amor da vida de Vic - Sarah Charles.

A estória tem início durante o casamento de Sarah Charles e DeShaun. Vic começa a relembrar seu passado e percebe que a mesma tecnologia que o transformou em Cyborg está sendo usada por outra pessoa. E como ele jurou impedir que qualquer pessoa passasse pelo que ele passou, o Titã se direciona aos Laboratórios S.T.A.R. para descobrir qual o envolvimento do noivo de Sarah Charles. Sarah percebe o que está acontecendo e deixa o altar em direção aos Lab. S.T.A.R., onde a edição termina com Victor atacando o edifício.

Opinião:

Sable parece respeitar bem os conceitos criados por Wolfman e Pérez, além de citar vários personagens que há muito tempo se encontravam no Limbo. O autor colocou numa mesma edição mistério, ação e emoção.

A arte é bem legal, mas um pouco confusa. A caracterização de determinados personagens passam longe da fase original (anos 80), mas isso não chega a ser um problema. Agora é esperar para saber quem está por trás do uso daquela tecnologia e qual o envolvimento de Sarah e Deshaun nisso.






Um comentário:

Anônimo disse...

Na minha humilde opinião, Sable conseguiu dar um verdadeiro Upgrade (hehehe) na origem de Ciborgue, tornando-a superior, em muitos aspectos, àquela criada originalmente por Marv Wolfman. Da forma que eu vejo, a versão de Wolfman funcionava bem com o Ciborgue enquanto membro dos Titãs (pois ressaltava o valor da amizade deles). Já esta nova versão, abre um grande leque de possibilidades para Victor Stone enquanto um personagem "avulso" (que é a proposta da mini-série).

Entre as mudanças que mais gostei, destaco o menor maniqueísmo por parte dos personagens (especialmente Ron e Silas Stone).

Na versão Wolfman, Ron era mostrado como alguém extremamente racista, que culpava os brancos por todos os problemas do mundo. Na nova versão, isto foi substituído com aquela "religião distorcida" que ele conheceu na cadeia. Eu realmente prefiro a nova, pois ela abre mais possibilidades (além de ser mais condizente com os tempos atuais). Na versão original, Ron vivia metendo Vic em confusões (como por exemplo, aquela briga onde ele foi esfaqueado). Na nova versão, Ron ajuda Vic a sair do problema e acaba sendo preso.

Os ataques terroristas do Ron original consistiam de coisas como seqüestrar a Estátua da Liberdade e explodir uma embaixada da ONU, tudo como o objetivo de atrair atenção para a situação dos negros. Ele convidou Vic para unir a seu grupo apenas com o objetivo de jogar toda a culpa do atentado para cima dele. Na nova versão, Ron quer sabotar os laboratórios S.T.A.R. para impedir a pesquisa por novas armas e ele nunca tentou usar Vic como bode expiatório. Por fim, na nova versão é possível ver que Ron foi parcialmente atingido pela explosão antes de cair no rio e desaparecer (na versão original ele apenas havia caído).

Quanto a Silas Stone, a nova versão o mostra como um homem com mais princípios. Ele só aceitou trabalhar para os militares no "Projeto Ciborgue" porque assim poderia salvar a vida do filho.

Deshaun, Sarah Charles e o próprio Victor, por outro lado, foram mostrados menos "santinhos" que o de costume.

Quanto ao quesito arte, eu adorei. Acho que ela combina perfeitamente com o clima tecnológico/futurista que deve permear toda a série. Destaque para o estilo metálico dos quadros de narrativa.

Saldo final: esse primeiro capítulo já vale a pena por si só, graças a revisão da origem de Ciborgue. Entretanto, também foi um começo muito promissor para a mini-série.