18 de jan. de 2009

[Spoiler] Titans #09 Review

Roteiro: Judd Winick
Arte: Howard Porter & J. Calafiore
Arte-Final: Faucher & Calafiore
Cores: Delgado

Como visto na edição anterior, Jericó se escondeu dentro de Asa Noturna. Neste momento, eles iniciam uma longa conversa, onde Joey quer mostrar a Dick tudo o que ele sofreu durante toda sua vida. Dick, por sua vez, tenta mostrar ao amigo que todos eles sofreram muito, citando exemplos como Gar, Vic, Ravena e, principalmente, Donna. Jericó diz que sabe de tudo isso, mas ele quer que Dick sinta tudo o que ele sentiu para entender o que ele quer. E a melhor forma de se fazer isso é compartilhar as mesmas memórias.

Concomitantemente, os Titãs, ainda presos nova Torre Titã, continuam com o plano para descobrir quem Jericó possuiu. Assim, Donna dispara o canhão energético sobre Cyborg e Arqueiro Vermelho, que ficam totalmente inertes, demonstrando que Jericó não estava em nenhum deles. Então, eles decidem esperar até que Vic e Roy retomem a consciência para outros dois sofrerem o mesmo disparo.

Enquanto isso, Jericó, controlando a voz e corpo de Dick, sugere que cada um deva fazer algo durante a espera. Donna e Kory discordam, pois elas acham que todos devem permanecer unidos. Dick diz a Joey que eles estão desconfiados, mas Joey rebate afirmando que sabe o que Dick pensa, ou seja, que sabe que ele não acredita que realmente os Titãs já desconfiam que ele esteja dentro de Dick.

Neste momento, Joey pergunta a Dick se ele se sabe quando foi a primeira vez que ele usou seus poderes. Dick diz que Adeline Kane, mãe de Jericó, contou-lhe que fora uma vez em que um assassino tentou matá-la. Joey diz que, na verdade, foi bem antes, durante sua infância. Ele continua dizendo que não se lembrava do fato, quando tentou salvar Eric, um amigo de infância, de uma queda, que o deixou tetraplégico. Com certa sensibilidade, Dick diz que foi uma forma terrível de descobrir os poderes, mas que não entendia a importância de tudo aquilo naquele momento. Joey diz que a importância, se deve ao fato do próprio Eric tê-lo lembrado, pois ele também está dentro de sua mente, assim como todos aqueles que Joey possuiu durante toda sua vida, incluindo assassinos, vilões, amigos, desconhecidos e familiares.

Joey explica que não são exatamente as pessoas, mas, sim, suas consciências, memórias e os desejos mais secretos. Alguns deles repletos de ódio. Neste momento, Jericó explica que quando Ravena o trouxe de volta, suas cordas vocais retornaram intactas com o novo corpo. Entretanto, ele escolheu não falar, ao contrário das más consciências que se encontram dentro dele, querendo se expressar a qualquer modo, gritando e brigando com o próprio Jericó. Neste momento, Joey pede ajuda a Dick, dizendo que eles são as únicas pessoas que realmente se preocupam e gostam dele.

Então, os Titãs descobrem que Jericó foi o meta-humano envolvido nos assassinatos dos candidatos à presidência dos EUA. Dick, ainda possuído por Jericó, pede ao amigo que o liberte, para que possam resolver isso. Joey rejeita a proposta ao ver que a Liga da Justiça veio buscá-lo.

Opinião:

A despeito das duras críticas e do péssimo início deste título, esta edição demonstrou uma melhora significativa em relação ao roteiro. Há alguns erros de continuidade em relação aos eventos de DC Universe: Decisions, mas nada que tire a atenção do leitor ao tentar desvendar os motivos das ações de Jericó. Muitos devem pensar que a edição anterior foi desnecessária, mas tudo faz parte de um plot, para prender a atenção do leitor.

Muitas referências cronológicas foram respeitadas, como por exemplo, o painel onde se mostra a grande maioria das possessões de Joey (acompanhe uma matéria exclusiva sobre isso, em breve). E tenho certeza de que isso não foi coisa de Judd Winick, pois embora ele afirme ser grande fã do grupo, vinha demonstrando o contrário através das "vozes" dos personagens. Acredito que Brian Cunningham, o novo editor do título, seja o responsável pela originalidade nas referências do passado de Jericó, uma vez que ele é um dos fãs mais conhecidos do grupo, nos EUA.

Ainda não consegui identificar o Mutano como o antigo personagem. Claro que ele sempre foi irônico, brincalhão e até mesmo arrogante, mas Winick está exagerando. Os demais já conquistaram meu gosto, inclusive Ravena, que sofreu uma melhora signicativa após a crise editorial do ano passado. Mas ainda continuo preferindo a antiga e misteriosa personagem.

A arte, dividida por Howard Porter e J. Calafiore, não me incomodou como nas edições em que Porter e Benitez trabalharam. Houve uma grande evolução de Porter, mas ainda acho que o título precise de um artista que tenha o estilo clássico que os Titãs exigem, em minha opinião.

Como todo leitor, procuro material de primeira, mas nós, fãs do Universo Titânico, somos conhecidos por sermos os mais passionais fãs do clã DC. Dito isso, embora muitos ainda não vissem o título com bons olhos, essa foi a edição que mais me agradou desde Titans 01 (2008), pois encontrei nela tudo o que eu esperava: o relacionamento entre eles. Dick e Joey sempre foram próximos, e Winick escolheu bem o Titã a ser possuído e, mesmo que seja clichè nos quadrinhos certa crise de personalidade (vide Vampira - X-Men), Winick não foi tão infeliz no início deste arco. Todos sabem que McKeever vai assumir o desenvolvimento dessa estória, por isso estou apostando todas as minhas fichas na grande evolução do título, a partir de agora.

Finalizando, gostaria apenas de compartilhar que este plot deveria ter sido o arco inicial para o relançamento do título, pois este denota realmente o que os Titãs são - uma família!

Nota: 7 de 10.


2 comentários:

Anônimo disse...

Olha, concordo com você Tarcísio, essa foi, pra mim, de longe a melhor até agora. Até o(um) motivo pro Joey não ter falado desde a volta dele teve.

Não sabia que o novo editor é um fã do grupo. Espero que ele mantenha a mão firme.

Olha, arte do Porter melhorou mesmo...pelo menos os rostos não estão mais derretendo. Nem o Calafiorrghh tava tão ruim, e olha que ele se esforça nisso!

Só ainda acho que o velho papo de JLAXTitans só não é mais batido (e desnecessário) do que o TitansXTitans pois este veio antes. Tá na hora deles arrumarem briga com SJA ou com os Guardiões Globais.

Realmente espero algo bom de Deathtrap (o Bennett bem que podia desenhar Vigilante também, acho que a arte dele com as cores do David Baron ficaria perfeita.), juro que não quero usar a piadinha "Deathcrap".

Falando em novos artistas pro Titans, o Manhke sempre foi rápido e tal, depois de FC ele podia entrar no título (ele desenhou o BB de um jeito bem interessante em FC 6)

Anônimo disse...

Concordo com os dois. Foi a melhor sim. E espero que o Sean melhore ainda mais o título.