16 de jul. de 2009

(Spoilers) TITANS 15 - Review


TITANS #15
Roteiro: J.T.Krul
Arte: José Luís
A edição se inicia com Tempest, há muito tempo desaparecido, retornando a Atlântida. Assim que vai entrando pela cidade, em reconstrução, Garth vai comentando consigo mesmo como os Atlantes rejeitaram-no pelo simples fato de ter nascido com os olhos violetas (sinal de mal presságio entre eles) e como a cidade caiu, durante Crise Infinita.

Ao se aproximar mais, Garth encontra-se com Letifos, antigo affair e aliada. Ele diz que finalmente encontrou sua família, mas que infelizmente, na tentativa de proteger seu filho, Delfim acabou perecendo.

Em seguida, Garth dirige-se ao cemitério atlante, onde lamenta por sua esposa e filho. No mesmo cemitério há um monumento para Tula e outro para Aquaman. Neste momento, o Titã passa a se lembrar de sua origem e em como Aquaman fora importante em sua vida, inspirando-o a seguir os mesmos passos, levando-o a encontrar uma família com os Titãs. Ele relembra também quando seu primeiro amor, Tula, faleceu em Crise nas Infinitas Terras e, em seguida, cita novamente o destino de Delfim e Cerdian. Ele disse que incontáveis vezes encontrou felicidade, mas que esta sempre era interrompida, talvez pelo destino e pela infelicidade de ter nascido com os olhos violetas.

Neste momento, Slizzath, seu tio, reaparece e confronta Garth. O vilão, que possui certa intimidade com a morte, induz Garth a matá-lo, dizendo que desta vez ele estará ao lado dos vencedores e que a morte reinará a partir de agora (referindo-se a Blackest Night).
Garth fica inconsciente e é amparado pelos atlantes, que o induz a assumir o trono de Atlântida. Novamente em meio a seus pensamentos, Garth tenta encontrar as respostas de seu destino.

Assim, ele procura por um de seus velhos amigos, Dick Grayson, agora o Batman. Durante o encontro, Garth fala para Dick que não sabe se pode continuar sem Delfim e Cerdian e ambos começam a falar de legado. Dick conclui que Garth já sabia o que tinha decidido ao procurá-lo. Tempest concorda e diz que ele apenas queria ver como Dick ficava com a "capa".

De volta a Atlântida, Garth, em direção ao Palácio Real, pensa na ironia de ter sido abandonado pelos atlantes e agora ter a possibilidade de liderá-los, assim como fizeram com seu mentor e amigo, Aquaman.

Opinião

De longe, a melhor edição desta quase medíocre fase TITANS.

A arte pelas mãos de José Luís é fabulosa e bem caracterizada. Há erros na colorização, mas o que não compromete, de forma alguma, a edição.

O autor, J.T.Krul, demonstrou conhecer e respeitar com louvor a história de Garth. Em apenas uma edição, pudemos relembrar a origem do personagem, assim como seu paradeiro durante sua busca pela família.

Claro que muitas coisas foram ignoradas, como a perda de seus poderes tempos atrás e sua partida com uma misteriosa aliada que o ajudaria a encontrar Delfim e Cerdian. Na verdade, achei ótimo. Há coisas que não precisam ser explicadas. Apoiei o autor em apenas dizer que ele procurava por sua família, mas que os encontrou mortos. Embora eu tenha ficado um pouco triste com a morte de ambos, fechou-se uma complicação cronológica.

Krul retratou um Garth adulto. Ainda que sofrendo por sua vida, por sua família, o autor nos passou um personagem mais seguro de si e decidido. Mas para isso, ele teve que analisar várias situações em sua vida.

O momento em que ele enfrenta Slizzath, foi interessante. Claro que fica também a dúvida de como o vilão reapareceu, mas para quem tem poderes relacionados à necromancia, nada seria impossível. E como disse acima, não é necessário tal explicação.

Interessante foi o prelúdio para Blackest Night, onde Slizzath demonstra saber do que há por vir, provocando a própria "destruição".

Mas, a melhor parte, foi o encontro com Dick Grayson. O diálogo foi interessantíssimo e o autor demonstrou entender a essência dos Titãs - a família e o amor entre eles. Foi ótimo ver Dick dizendo "É bom revê-lo, Garth!".

Agora Garth decidiu reinar Atlântida. Mas com isso acabo me preocupando com algumas coisas. Por exemplo: Garth, "graduando-se" como possível Aquaman, poderia integrar a Liga da Justiça ou morrer, para que Arthur retornasse (vocês têm dúvidas disso?). Ele parece ter um grande papel em Blackest Night, o que me faz questionar seu futuro. Espero que eu esteja enganado, pois Garth é um dos meus Titãs favoritos e ele realmente, nesta edição, teve o destaque que sempre mereceu.

8 comentários:

thiago disse...

Também gostei do roteiro da edição, bem simples e honesto. Já dos desenhos não; o cara parece uma mistura do Benes com o Churchill depois da Gripe A e com a "ajuda" nas cores do Delgado (a prova que nesse ramo tem lugar pra qualquer coisa). Mas isso não comprometeu nada, principalmente por não seguir a lógica da capa: "Agora sou um garoto mau!"

Fiquei até bastante curioso com a mini do Krul, apesar de achar a morte da família dele desnecessária, foi tudo tratado da maneira mais acertada, sem longos monólogos depressívos e outras coisas que essa equipe tem feito nos últimos tempos.

Bom sinal, espero que continue assim.

Vale também resaltar a atitude que condiz com todo o trajeto e atual estado do Garth em BN #1. Legal ver que os editores finalmente perceberam que o círculo da "terceira geração de herois" tem outras responsabilidades do que o velho "E agora? O que faço dessa vida sem você?"

LÉO CEZIMBRA disse...

Realmente achei a capa linda, mas nada a ver com a edição.... o interior é muito bom.... O cara realmente pesquisou muito, muito bom mesmo......

Sheila disse...

Como é que o Thiago pode dizer que o desenho não é bom, ele mesmo compara José Luis com dois GRANDES desenhistas.Cada um tem sua opinião mas a minha é que esta edição esta PERFEITA....

thiago disse...

Olha, Sheila, não curto o Benes, acho o traço dele muito chato de se acompanhar. Closes na bunda e tudo mais, só atrapalha a narrativa, sem falar que tem vezes que todo mundo é tão iqual que parece colagem. Claro que nem sempre é assim: No começo do run do Meltzer ele até se esforçou e tudo mais e o trabalho saiu digno, mas depois....tanto que muito dos detalhes do roteiro do Meltzer se perderam (só comparar com os trablhos dele em GA e IdenC, a onde os desenhistas fizeram ótimas iconografias e cenas realmente memoráveis), o cara é tão anos 90 comparado com o resto do povo daquela época. Gente que trabalhou naquela época melhoraram muito seu traço, por que ele não pode fazer isso? Só comparar com os trabalhos da época do Bennet, do Deodato (outro que também não curto, mas admiro como ele evoluiu), Charest, Cheung, Mckone, Jimenez e etc.

O cara simplemente não me agrada com os defeitos dele, principalmente que se é pra desenhar gostosa tem o Frank Cho, o Guillem March e o Hughs que faz tudo muito melhor e com narrativa e expressões muiito melhores. Se é pra ter alguem com o traço mais "super equipe" já tem o Shane Davis e o Van Sciver.

Já o Churchill não descemesmo....todo tem rosto de panetone gigante com boquinha miuda e queixo com furado, hehehe. Apesar de ter visto uns desenhos dele em algum gibi por aí, ano passado (ou foi nesse?) que ele deu uma melhorada significante...mas mesmo assim.

Bem, espero ter esclarecido, abraços!

Sheila disse...

Uffa!!!!Thiago você sabe muito...mas continuo gostando do Ed e do Churchill,e agora desse novo desenhista José Luis é o tipo de desenho que curto, mas claro que respeito os outros desenhistas e acho que do jeito que vc falou chamamndo o novo desenhista de qualquer coisa não pegou bem..ja que eu tambem não gosto de outros que tem por ai como o Shane Davis...mas respeito o cara e quêm gosta dele...e outra coisa eu estou muito feliz por mais um desenhista brasileiro se destacando no mercado americano.Eu aposto nesse cara e torço por ele. abraços...
>>Só mais uma coisa você sabe desenhar????

thiago disse...

Sem problema, sempre é bom conversar com o pessoal daqui, me divirto muito com isso. Não, não sei desenhar, era uma coisa que eu sempre quis (apesar de nunca nem tentar fazer aula de desenho nem nada)...embora isso não me impediu de rabiscar e pintar em tudo que podia quando era pequeno (meus pais começaram a comprar gibis pra mim, antes mesmo de aprender a ler, pra ver se eu parava de desenhar no chãos/parede/teto de casa...ou nos carros...ou em qualquer lugar mesmo).

Apesar de não saber desenhar, tenho até um conhecimento sobre pintura mesmo, cores, sombra e etc (artes visuais/película/fotografia).

Bem, já tive muito desse nacionalismo exacerbado com desenhistas, mas há casos e casos. Tem muita gente que fica por aí anos até se destacar, tem outros que acabam caindo como fill-in pra outros já consagrados (como parece ser o caso do JP aí) e acaba da gente nem saber qual o verdadeiro traço do cara. Já outros se destacam já por sua arte original (como o caso do Grampá). Mas esse é o tipo de traço que não curto, acho que, atualmente, com tanto recurso o artista pode se desenvolver no seu próprio traço sem precisar se apegar tanto a uma forma pré-concebida. Tá o exemplo do próprio Pérez (que é praticamente um vinho) Travis Charest.

Sandro Victoria disse...

Eu gostei da edição. Os desenhos,no geral,estão bons. Eu só temo pelo que pode acontecer com o Garth pq,além de Aquaman e Tula,devem ainda aparecer para atormentá-lo Delfim e Cerdian. No mais,concordo com o Tarcísio: É,de longe,a melhor edição dessa fase. O jeito agora é esperar a mini.

thiago disse...

Ah, só pra aproveitar o tema ainda ser BN: No site que a DC lançou sobre a saga (ótimo por sinal) tem uns spoilers sobre ex-titans como Black lantern.

Já vão começar a mexer com rapina e columba denovo!