Contém Spoilers – Se você não leu “JLA – Cry for Justice” e suas conseqüências
Inicialmente a minissérie “Justice League – Cry for Justice” era para ser o pontapé inicial de uma nova Liga da Justiça, a Liga de Robinson. Uma Liga sem os medalhões. Uma Liga marcada por perdas e por buscar a Justiça acima de tudo.
Mas “CfJ” foi além. Ela elevou um vilão ao nível ‘A’, ceifou centenas de vidas de Star City, transformou um herói em assassino e levou à ruína um dos maiores Titãs.
Inicialmente a minissérie “Justice League – Cry for Justice” era para ser o pontapé inicial de uma nova Liga da Justiça, a Liga de Robinson. Uma Liga sem os medalhões. Uma Liga marcada por perdas e por buscar a Justiça acima de tudo.
Mas “CfJ” foi além. Ela elevou um vilão ao nível ‘A’, ceifou centenas de vidas de Star City, transformou um herói em assassino e levou à ruína um dos maiores Titãs.
Quem leu sabe que um grupo de heróis estava na cola do vilão Prometheus, até então um vilão qualquer com um capacete computadorizado na cabeça. Quando esse grupo de heróis, formado por alguns ex-Titãs como a Supergirl e o Eléktron Ray Palmer, se deu conta de que precisava de ajuda contra o vilão, foram procurar a Liga da Justiça oficial no satélite da Liga. O que ninguém sabia é que Prometheus estava disfarçado como um dos integrantes do grupo, Shazam.
Prometheus então ataca Roy Harper arrancando seu braço. Derrubando um a um dos heróis, Prometheus quase consegue escapar, não fosse a ajuda de “Sombra”. Porém não satisfeito, Prometheus destrói Star City (com a ajuda de Eletrocutor que estava na cidade e aciona o dispositivo, mesmo com os esforços de Mia, a Ricardita, de detê-lo) e ameaça fazer o mesmo a outras cidades, caso não seja libertado. Dentre os milhares de mortos de Star City está a pequena Lian. A segunda mutilação de Roy Harper.
É a partir desse ponto que começa a queda de dois dos maiores Heróis do UDC: Olliver Queen e Roy Harper.
Embora sua trajetória após “CfJ” seja de suma importância, não é de Ollie que iremos tratar hoje e sim de Roy e suas dores.
Após o ocorrido com Prometheus, Roy fica em coma por um tempo. Sem saber sobre o que houve com Lian. Ao acordar do coma, ele acaba recebendo a notícia de que Lian está morta. E aí vemos o primeiro grande desespero de Roy. É o momento de sua segunda mutilação. A dor de perder um membro foi terrível, com certeza, mas a dor da perda da filha foi muitas vezes maior. Quando um filho(a) perde um pai ou uma mãe, ele torna-se órfão. Quando se perde um marido ou esposa, fica-se viúvo. Um pai que perde um filho não recebe nome, pois pela ordem natural das coisas, tais perdas não deveriam ocorrer. Essa é, sem dúvida, a perda máxima para nosso Titã. E esse é um momento interessante de ser analisado.
Ao receber a notícia Roy está num quarto dos Laboratórios S.T.A.R. e com ele estão as pessoas mais importantes de sua trajetória, algumas merecendo destaque. Ollie e Dinah, sua família. Hal, o amigo da família. Donna, seu primeiro amor. Dick, seu grande amigo, tanto entre os Titãs quanto entre os Renegados. E há também Vic, seu companheiro Titã e aquele que simboliza uma esperança quanto a mutilação primeira de Roy. A presença de Vic na cena me remete, exatamente, a isso, uma idéia de esperança já que ele também possui partes mecânicas em seu corpo.
Até esse momento a morte de Lian é uma notícia. Outro dos momentos de grande relevância para história é quando Roy imagina toda a dor e sofrimento que Lian teria passado, chamando por seu socorro, e então abraça o corpo sem vida da pequena. É sofrida a sensação que se tem ao ler, e ver, esta cena.
Roy fica sabendo então que Olliver assassinou Prometheus e Roy sofre então sua terceira mutilação. Ele perdeu a chance de vingança!
Durante o enterro de Lian, vários Titãs estão ao seu lado (incluindo Rose, ex-babá de Lian) bem como membros da Liga da Justiça. É a despedida de sua filha, Roy não mais a verá. Ele já não a tinha, e agora ela se despede por completo. Então Roy explode! Ele culpa Mia por não a ter protegido, culpa que ela também sente, pois estava enfrentando Eletrocutor quando Lian morreu (culpa essa que quase a leva a cometer o mesmo crime que Ollie).
Donna tenta defender Mia e consolar Roy, dizendo que sabe o que ele sente. E então ele explode com ela também dizendo ser sua a culpa pelo que houve com Terry e Robert. E vai embora...
Sua dor é tão grande que nenhuma palavra ajuda, que tudo faz mal e ele não suportando tamanha dor transfere para aqueles que ama com rispidez.
Durante todo esse tempo, Roy tem que lutar com a dor física e psicológica e com a alucinação de ver seu falecido amigo Corey, incitando-o a voltar às drogas. Mesmo a isso Roy tem resistido bravamente.
Mas um dos momentos mais significativos, para mim, foi quando, após o enterro do corpo de Lian, de volta a sua casa, Roy tenta usar seu novo braço mecânico para disparar flechas. O que ocorre é que ele não consegue mais acertar os alvos como antes. Roy se irrita e quebra o arco gritando algo como “Arco estúpido” ou “Arco Idiota”. Talvez possa passar despercebido por alguns, mas foi essa frase que Lian proferiu quando Roy tentava ensiná-la a usar o arco e ela não conseguia acertar o alvo, em Titans #19.
Roy diz que a culpa não é do arco, pois ele é um objeto inanimado. E ele faz a mesma coisa agora que não consegue mais usá-lo. Achei fantástico esse gancho. Mostra o descontentamento com a vida de herói que terá a partir da mutilação física e traz de volta a imagem da filha. Roy arremessa o arco quebrado em direção ao alvo e o acerta no centro. Em minha opinião, esse é o marco zero da volta de Roy como Arsenal. Provando sua capacidade de utilizar qualquer objeto como arma, tendo assim um “Arsenal”.
Quem lê essas histórias (JLA-Cry for Justice, o especial “Rise and Fall” e a mini “Rise of Arsenal”) não tem como não sofrer junto com Roy, que agora tem que emfrentar uma batalha contra Lince, a mãe de Lian.
Não sabemos o que ainda há de acontecer com nosso querido Titã, Roy. Mas se este homem conseguir resistir a todas essas dores e tentações, ele será não só um grande herói (que já o é), mas também um vencedor. É esperar para ver o que mais Roy terá que sofrer.
Em tempo, apesar de tudo isso, uma coisa não me sai da cabeça: Quanto sofrimento não poderia ter sido evitado se Roy não tivesse voltado a Star City com Lian?
Prometheus então ataca Roy Harper arrancando seu braço. Derrubando um a um dos heróis, Prometheus quase consegue escapar, não fosse a ajuda de “Sombra”. Porém não satisfeito, Prometheus destrói Star City (com a ajuda de Eletrocutor que estava na cidade e aciona o dispositivo, mesmo com os esforços de Mia, a Ricardita, de detê-lo) e ameaça fazer o mesmo a outras cidades, caso não seja libertado. Dentre os milhares de mortos de Star City está a pequena Lian. A segunda mutilação de Roy Harper.
É a partir desse ponto que começa a queda de dois dos maiores Heróis do UDC: Olliver Queen e Roy Harper.
Embora sua trajetória após “CfJ” seja de suma importância, não é de Ollie que iremos tratar hoje e sim de Roy e suas dores.
Após o ocorrido com Prometheus, Roy fica em coma por um tempo. Sem saber sobre o que houve com Lian. Ao acordar do coma, ele acaba recebendo a notícia de que Lian está morta. E aí vemos o primeiro grande desespero de Roy. É o momento de sua segunda mutilação. A dor de perder um membro foi terrível, com certeza, mas a dor da perda da filha foi muitas vezes maior. Quando um filho(a) perde um pai ou uma mãe, ele torna-se órfão. Quando se perde um marido ou esposa, fica-se viúvo. Um pai que perde um filho não recebe nome, pois pela ordem natural das coisas, tais perdas não deveriam ocorrer. Essa é, sem dúvida, a perda máxima para nosso Titã. E esse é um momento interessante de ser analisado.
Ao receber a notícia Roy está num quarto dos Laboratórios S.T.A.R. e com ele estão as pessoas mais importantes de sua trajetória, algumas merecendo destaque. Ollie e Dinah, sua família. Hal, o amigo da família. Donna, seu primeiro amor. Dick, seu grande amigo, tanto entre os Titãs quanto entre os Renegados. E há também Vic, seu companheiro Titã e aquele que simboliza uma esperança quanto a mutilação primeira de Roy. A presença de Vic na cena me remete, exatamente, a isso, uma idéia de esperança já que ele também possui partes mecânicas em seu corpo.
Até esse momento a morte de Lian é uma notícia. Outro dos momentos de grande relevância para história é quando Roy imagina toda a dor e sofrimento que Lian teria passado, chamando por seu socorro, e então abraça o corpo sem vida da pequena. É sofrida a sensação que se tem ao ler, e ver, esta cena.
Roy fica sabendo então que Olliver assassinou Prometheus e Roy sofre então sua terceira mutilação. Ele perdeu a chance de vingança!
Durante o enterro de Lian, vários Titãs estão ao seu lado (incluindo Rose, ex-babá de Lian) bem como membros da Liga da Justiça. É a despedida de sua filha, Roy não mais a verá. Ele já não a tinha, e agora ela se despede por completo. Então Roy explode! Ele culpa Mia por não a ter protegido, culpa que ela também sente, pois estava enfrentando Eletrocutor quando Lian morreu (culpa essa que quase a leva a cometer o mesmo crime que Ollie).
Donna tenta defender Mia e consolar Roy, dizendo que sabe o que ele sente. E então ele explode com ela também dizendo ser sua a culpa pelo que houve com Terry e Robert. E vai embora...
Sua dor é tão grande que nenhuma palavra ajuda, que tudo faz mal e ele não suportando tamanha dor transfere para aqueles que ama com rispidez.
Durante todo esse tempo, Roy tem que lutar com a dor física e psicológica e com a alucinação de ver seu falecido amigo Corey, incitando-o a voltar às drogas. Mesmo a isso Roy tem resistido bravamente.
Mas um dos momentos mais significativos, para mim, foi quando, após o enterro do corpo de Lian, de volta a sua casa, Roy tenta usar seu novo braço mecânico para disparar flechas. O que ocorre é que ele não consegue mais acertar os alvos como antes. Roy se irrita e quebra o arco gritando algo como “Arco estúpido” ou “Arco Idiota”. Talvez possa passar despercebido por alguns, mas foi essa frase que Lian proferiu quando Roy tentava ensiná-la a usar o arco e ela não conseguia acertar o alvo, em Titans #19.
Roy diz que a culpa não é do arco, pois ele é um objeto inanimado. E ele faz a mesma coisa agora que não consegue mais usá-lo. Achei fantástico esse gancho. Mostra o descontentamento com a vida de herói que terá a partir da mutilação física e traz de volta a imagem da filha. Roy arremessa o arco quebrado em direção ao alvo e o acerta no centro. Em minha opinião, esse é o marco zero da volta de Roy como Arsenal. Provando sua capacidade de utilizar qualquer objeto como arma, tendo assim um “Arsenal”.
Quem lê essas histórias (JLA-Cry for Justice, o especial “Rise and Fall” e a mini “Rise of Arsenal”) não tem como não sofrer junto com Roy, que agora tem que emfrentar uma batalha contra Lince, a mãe de Lian.
Não sabemos o que ainda há de acontecer com nosso querido Titã, Roy. Mas se este homem conseguir resistir a todas essas dores e tentações, ele será não só um grande herói (que já o é), mas também um vencedor. É esperar para ver o que mais Roy terá que sofrer.
Em tempo, apesar de tudo isso, uma coisa não me sai da cabeça: Quanto sofrimento não poderia ter sido evitado se Roy não tivesse voltado a Star City com Lian?
3 comentários:
Broilo,
PERFEITA explanação acerca dos fatos recentes na vida de Roy.
Muito bem lembrado a frase "Arco Idiota" - o que nos dá a certeza de que Krul já havia elaborado todo este esquema desde TITANS #19.
À propósito, em breve postarei uma entrevista exclusiva com o roteirista. Grandes revelações e excitantes expectativas...
Parabéns, amigo. É um prazer ler novamente seus textos...
cara, ainda nao me caiu a ficha sobre esse sofrimento todo do ROy... é tanta crueldade /o/ fico triste com essas coisas... T___T
Eu tenho um petshop e vendo alimentos e também vender quadrinhos e as pessoas que vêm para comprar uma ração para cachorro sempre compram quadrinhos para seus filhos. É uma boa estratégia.
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