28 de nov. de 2007

Uns amores pra recordar

Desde os mais primórdios tempos em que surgiu a primeira HQ com o primeiro casal, amor de herói é coisa complicada - e muito! Uma confusão enorme de personagens tentando achar seus parceiros resulta em quase-novelas mexicanas. Mas não vamos falar aqui do geral, e sim do ponto exigido - Amores nos Titãs. Todo mundo já ouviu falar de um pelo menos, são quase clássicos na DC.
O que faz da relação dos Titãs tão cotada? Será a química - Quem sabe. Será a combinação? - Não necessariamente. Será a magia pura e inocente? - Olha, não é porque uma grande parte ou é "A Usurpadora" ou é "Perfeição" que Novos Titãs é "A Lagoa Azul”.
Não, os amores eternais nos Titãs foram marcantes pelo mesmo simples fato que fizeram deles uma família, que fizeram dos personagens inesquecíveis - Eram humanos. Não foi aqueles dois lados "Mar de Rosas" e "Conturbado sempre” (alguns...), nem muito menos aquela coisa total e inteiramente movida por impulso sexual, como ocorre muito.
Houve falhas, acertos. Os amores dos Titãs aproximaram o leitor do personagem e contribuíram para que se tornassem por nós queridos. Pra que nós, Leitores (as) conseguíssemos transformá-los parte das nossas vidas, com eles aprendemos, sofremos, choramos, e com isso acabaram mesmo como uma família. E o mais importante: Os amores cresceram e amadureceram, conforme a idade, nunca permitindo cair na mesmice, ou pirralhada demais ou sensual demais fora de hora.
Complicado meu caro (a)? Exemplos:
Ainda na época da Turma Titã, vemos o primeiro amor dos Titãs surgir, que foi um retrato bonito e limpo do que poderia ser mesmo o verdadeiro amor. Ainda jovens à procura de aventuras, Wally se encantou por Donna, admirava a beleza, o carisma e a inteligência da colega, e essa admiração resultou numa "tímida" paixão - Não foi de cara ardente, caliente, queimando, foi doce, foi como geralmente é nessa idade, admiração, ele gostava de Donna porque a admirava e ela sentia admiração pelo amigo, que gerou ao final das contas, uma fraternidade e sentimento de irmandade, até porque quando mais velhos, e o primeiro amor revelou-se uma amizade carismática que perpetuou pra vida toda. O primeiro e inesquecível amor, quase sempre é assim.
Tempos passaram, desfizeram, voltaram, e agora as crianças viraram adolescentes: Os Novos Titãs. E foi nesse período, que digam os mais velhos, de maior aprendizado da vida da pessoa surgiu o amor que mais causou e causa, digo eu: Dick e Kory descobriram entre si um sentimento a mais. Era de se esperar que Dick recuasse a começo, e era de se esperar que fosse algo "cósmico": Eles eram completamente diferentes, tanto em cultura como em características individuais, de modo de pensar e agir, até aspecto físico (eu já vi gente ter preconceito com o amor dos dois por Kory ser muito alta ou até ser morena) mas no final, não é nada disso que conta. Eles se aceitaram, e assim cresceram, juntos aprenderam e
juntos choraram, e com um amadurecimento a mais, foi algo que tendeu a ser mais forte, houve dor e corações partidos, mas até hoje ambos tem um tipo de paixão velada, justamente porque como mais velhos, mais fortes, agüentam mais - chuto que se não fosse pelo problema no casamento os dois estavam mesmo casados e muito bem hoje em dia.
Cresceram então um pouco mais, entraram na fase dos vinte, se formaram, e aprenderam mais de responsabilidades, amadureceram mais, e com isso veio um novo tipo de amor central - Donna Troy e Terence Long, o casamento. Donna era mais nova que Terry, estava se formando e ele já era professor, mas a diferença não impediu a aproximação, a paixão, e como responsáveis, assumiram posições mais firmes, resultando assim no inesquecível casamento de Donna Troy (dessa todo mundo já ouviu falar). E na segunda via do matrimônio, os acréscimos do amor vieram, nasceu Robert. Com isso, Donna abre mão do que tem para que Robert seja normal (e possivelmente mais feliz) e pelo marido também, pensando como um só corpo pensaria. Mas a humanidade interferiu nas relações, e Terry se deu conta do perigo da vida da mulher, se separaram. Eu não sou fã do divórcio nem aprovo muito, mas aconteceu com eles o que, por mais esquisito que pareça, poderia ocorrer mesmo se você tivesse poderes: Ponha-se no lugar do Terry, por mais que você sempre soubesse que algo poderia ocorrer com uma esposa heroína, o ser humano tem tendências a pensar que "nunca vai sofrer com isso". Ele ficou abismado como qualquer um ficaria, e sendo tão humano quanto qualquer um, mesmo amando, deixou a esposa. Sempre procurei ver isso não como uma forma do amor acabar (porque ele nunca acaba), mas um modo que arranjou de proteger o que pra ambos virou mais sagrado: o filho.
E não foram só esses. Na verdade, na jogatina de amores Titânicos que posso lhe mencionar Mal e Kareen Beenchen-Duncan foram os que se deram melhor. Houve afinal histórias com finais felizes e tristes, de diferentes e variadas formas, mas cada uma delas nos faz pensar e se identificar, em diferentes pontos de vista, porque são esses eternos amores, em qualquer situação, que ficam pendurados na memória. Uma coisa que os Titãs souberam aproveitar: eles de nós se aproximam e em nós nos tornamos até um pouco mais heróicos, afinal, são gente como a gente, não?
Traduzindo: É pela humanidade, pela beleza, pelas verdades e pelos autos e baixos, enfim, pelo conjunto da obra, que fazem dos amores dos Titãs merecedores do título "Uns Amores Pra Recordar". A gente encontra "amor" em toda a parte, mas são amores reais os mais memoráveis!

Autora: Isabelle Licarião

5 comentários:

Anônimo disse...

Tá, tá, en admito...

Eu nunca teria achado aquela imagem do Dick e da Kory.
Onde diabos vocês acham essas coisas?


XDDD

Rodrigo Broilo disse...

Não olha pra mim... isso é coisa do Tar!

Agora confessa que tu curte novela mexicana! hehehe
Vc tem cara de quem torceu pra Leti não ficar com o Aldo Domensaín (com acento no ín) e casar com o Seu Fernando. E de quem chorou no casamento da Alma Rey e Franco. Ou to mentindo? hehehehe

Anônimo disse...

Me respeita, rapaz...
Eu lá sou de assistir Rebelde???
Eu tô achando é que o noveleiro aqui é você, sabe muito bem o nome dos personagens XDDD

PS: Ok.. Ok... Eu chorei com "A Outra" mas não espalha muito não...

Rodrigo Broilo disse...

eu não só sou noveleiro e via rebelde como ainda tenho os CDs deles! heheheheh
e como vc sabe que era de lá? hein?
Mas la fea tu viu!? é um clássico!

Anônimo disse...

Porque será que eu suspeitava disso? KKKKKKK
Brincadeirinha...

PS: A feia mais bela todo mundo já viu rsrsrsrs