19 de mar. de 2009

[Spoilers] Vigilante #04 - Resenha

Vigilante #04
Ligação com Deathtrap
Roteiro: Marv Wolfman
Arte: Rick Leonardi
Arte-Final: John Stanisci

Sinopse

Esta parte do prelúdio para Deathtrap começa com o Vigilante tentando se infiltrar no Recinto dos Titãs, na Ilha Titã, em New York. Ele observa Donna Troy e Cyborg conversando sobre a atual situação de Jericó. Victor acha que eles devem ajudá-lo, principalmente pelo fato de Jericó ter sido um Titã. Donna, por sua vez, embora concorde com Victor, acha que Joey deve pagar por seus crimes. Mas ambos concordam que antes eles devem encontrá-lo. Vigilante se espanta ao ver que os Titãs querem ajudar Jericó, mesmo com todas as atrocidades que ele vem cometendo.

Em seguida, Dorian, o primeiro nome desse misterioso mascarado, se infiltra no edifício e tem acesso aos arquivos dos Titãs. Isso não seria possível sem a ajuda de JJ - o mesmo que ajudava Adrian Chase, o primeiro Vigilante. Analisando os arquivos, Dorian descobre que Asa Noturna estava estudando sobre as relações de assassinatos em série com situações que aconteceram no século XIX.

Neste ínterim, Donna Troy o ataca e pergunta quais são suas intenções e tem início uma luta. Ao perceber que seria derrotado fácil, Vigilante procura o duelo através da conversa. Ele conta a Donna que ele está trabalhando com o FBI na busca por Jericó. Donna diz que não sabe onde Jericó se encontra e liga para a Agente Temple para certificar-se sobre a união entre Vigilante e o FBI. Assim que ela percebe, Vigilante desaparece. Concomitantemente, os agentes do FBI chegam à Ilha Titã. Ao mesmo tempo em que são recebidos por Cyborg e Donna, os visitantes têm seu helicóptero roubado pelo Vigilante, que foge, em seguida.

Cyborg passa a seguir o helicóptero, que é abandonado em destruído logo em seguida. Vigilante e Cyborg se encontram e outra luta tem início. Neste momento, Vigilante descobre que Jericó possui Cyborg e que tem total controle sobre as armas do Titã. Joey pergunta ao Vigilante por que ele está tentando capturá-lo, uma vez que teve chance de fugir dos federais, que estavam atrás do mascarado por algo que ele tenha cometido no passado. Sem obter resposta, Jericó tenta tirar a máscara de Dorian, alegando que, uma vez possuindo Vigilante, ele saberá de tudo. Mas Dorian consegue fugir, após ter atingido um disparo de arma em Cyborg.

Em outro local da cidade, Jericó, ainda possuindo Cyborg, tenta encontrar Vigilante. Ao se reencontrarem, o mascarado ataca Cyborg/Jericó. Entretanto, neste momento, os federais chegam e tentam prendê-los. Jericó/Cyborg foge, enquanto o Vigilante acaba sendo capturado. Continua em Titans #12.

Opinião

Roteiro rápido e cheio de ação. Marv Wolfman sempre teve uma característica investigativa, o que ele usa e abusa nesta edição. Ele também mostrou bem a relação entre os Titãs quando Vic e Donna conversavam sobre Jericó. Inclusive ele citou as vezes que Ravena fora dominada por Trigon. Entretanto, não gostei da facilidade que o Vigilante se infiltrou no Recinto dos Titãs. Mesmo com a ajuda de JJ, não teria sido tão fácil. Cyborg criou vários sistemas de proteção, inclusive para eles mesmos, mas Dorian parece nem ter tido a preocupação de enfrentar isso. Donna me pareceu um tanto ingênua ao deixar o mascarado escapar. Mas isso é irrelevante.

Em relação a arte, Rick Leonardi tem seu estilo característico (que parece ter sido totalmente modificado ao longo dos anos). Claro que existe quem goste do novo estilo, mas eu não sou muito fã, não. Nunca vi uma Donna tão feia em todo esse tempo. Entretanto, a narrativa se mantém característica dos anos 80, com quadros definidos, sem vazamento, o que dá uma sensação nostálgica e específica para essa dinâmica policial, bem sombria e cheia de ação.

Os artistas de Deathtrap serão Joe Bennett, Rick Leonardi e Howard Porter. Eles têm um estilo muito diferente um dos outros, o que acaba entediando o leitor que procura admirar apenas a arte. Mas isso não tira o possível mérito do arco em si, que promete!

Vale lembrar que Joey poderia ter possuído Dorian apenas com o toque, como ele fez em Zândia, quando Donna o tocou para ajudá-lo, anos atrás. E o que mais me impressiona é que foi o próprio Wolfman quem escreveu ambas as estórias. Bom, talvez eles queiram ignorar este fato para não deixar Jericó "overpower" demais - o que eu concordaria!

Wolfman novamente ofereceu algumas dicas sobre o passado do Vigilante, mas nada esclarecedor ainda.

Concluindo, edição interessante, mas não muito significativa. Mas coube bem no papel de mostrar as intenções que Vigilante tem ao tentar capturar Jericó. Que venha Deathtrap!

4 comentários:

Anônimo disse...

Pois é. Eu acho que a questão dos desenhistas não tem jeito,será complicado. Agora,tomara que os roteiristas acertem,pq eles que devem segurar as pontas( junto com o benett,é claro).

Ed Ferreira disse...

Eu não acho tão improvável o Vigilante conseguir invadir o prédio dos Titãs e burlar os sistemas de segurança de lá (mesmo porque a Bat-Caverna vive sendo invadida pelos ninjinhas do R'as Al-Ghul).

Talvez o Dorian seja um especialista em infiltração ou coisa do tipo. Um indício disso é que ele sempre está trabalhando disfarçado (infiltrado em prisões, entre mafiosos e etc.). Outro indício foi ele ter conseguido desaparecer bem debaixo do nariz da Donna. Talvez essas coisas não sejam forçação de barra, apenas as habilidades e treinamento que ele possui.

Agora, o que eu achei totalmente absurdo e sem sentido algum foi o Vigilante ter decidido invadir o prédio. Ele não havia conversado com o Asa Noturna na última edição e ganhado permissão pra ir lá numa boa? Aliás, por que o Asa Noturna não avisou para os outros Titãs que o Vigilante estava indo pra lá (principalmente sendo ele um assassino procurado, como a própria Donna reconheceu)?

Titã disse...

Foi mesmo... Dick permitiu a entrada... Foi uma gafe que não tira o glamour do arco...

Anônimo disse...

espero que apartir de agora o editor chefe das revistas titanicas se mostrem a altura e observem essas faltas de conhecimentos ou puro esquecimento do maior roteirista dos titãs, marv. Essa e uma opinião de um titã que amou a epoca wolfman/pérez.