Ou "You Born this way, baby"
Há alguns dias os DCnautas foram surpreendidos pela notícia do novo universo DC. Alguns ficaram revoltados com as mudanças que foram anunciadas, outros estão curiosos para ver aonde isso vai, mas é inegável que todos foram pegos com a "cueca verde" nas mãos.
Mil e uma teorias estão pipocando por ai para explicar esse reboot/relaunch/reset/restart do Universo DC, agora Novo Universo DC. Enquanto a DC diz que será um relançamento, muitos acreditam que isso não vai durar. Será a Terra One, a Terra 52, a Darkest Hour da qual Constantine veio avisar Batman, um Universo alternativo criado por engano graças a Flashpoint, um Elseworld, entre outras tantas teorias. Se esse universo vai mesmo ser o oficial, se vai durar meio, um ou dois anos, ou se a DC vai falir, não é a questão. Afinal até agora são só opiniões, pois esse universo ainda não iniciou.
O ponto que pretendo abordar é a nova ênfase prometida pela DC Comics, especialmente o Sr. Geoff Johns: o aspecto humano dos super-heróis, especialmente a diversidade. A Batwoman homossexual, o Besouro Azul hispânico, o destaque a heróis negros como Cyborg, Sr. Incrível, Super-Choque e Batwing, e os três sétimos de Titãs não-brancos prometidos. E são prometidas ainda histórias abordando mais o lado humano da Liga da Justiça, por exemplo.
O que afinal é essa tal diversidade? Por muito tempo a moda era se enturmar, ser um na multidão, encontrar sua tribo, ser igual e normal a maioria. Hippies, Punks, Góticos, Emos, são alguns dos grupos onde jovens se refugiavam para serem aceitos e não se sentirem “diferentes”.
Mas um novo padrão tem se estabelecido, especialmente entre a juventude. O de ser diferente, de se aceitar como é, de inclusão, de individualidade, de aceitar os que antes eram excluídos ou discriminados, como gays, negros, gordos, nerds, asiáticos, latinos, judeus, indianos, pessoas especiais, deficientes físicos, e muitos mais. Esse fenômeno está nas séries de TV como os geeks de “The Big Bang Theory” que tornaram a (hoje denominada) cultura pop realmente pop, ou a advogada gorda de “Drop Dead Diva” que mostra que mulheres acima do peso estabelecido como ideal pela mídia podem ser lindas e sexys, ou o clube de “desajustados” de Glee. Está em músicas pop como “Born this way” de Lady Gaga, “Firework” de Katy Perry, e “We R who we R” de Ke$ha. Agora, parece que a DC acordou para esse novo fenômeno e está investindo em seus heróis que representam essas “minorias”, mesmo que de uma maneira tortuosa.
Por isso, mas muito mais para tentar novos mercados e melhores vendas, há essa nova reformulação no Universo DC. E os Novos Titãs, como heróis jovens dessa realidade, também terão a responsabilidade de trazer essa diversidade. Com isso os Titãs foram os que mais sofreram alterações. Apenas 4 dos 7 personagens iniciais da equipe inicial já foram Titãs e são brancos. Saberemos a partir de setembro que novas abordagens a equipe terá. Mas diversidade não é novidade quando falamos em Novos Titãs...
Desde a década de 80, os Novos Titãs apresentam os aspectos humanos e dramáticos dos personagens, com personagens tão diferentes quanto “desajustados”. Negros, alienígenas, gays, ex-bandidos, soropositivos, latinos, asiáticos, russos, experimentos científicos, uma inovadora indiana, entre outros tantos personagens que cativaram e fizeram jovens se sentirem melhores consigo mesmos ao longo dos anos. Os Titãs foram sempre os heróis humanos da DC, sempre foram a vitrine das diferenças e da quebra de paradigmas pré-conceituais. Marv e George mostraram há cerca de 30 anos, o que a DC quer começar só agora.
E o que eu descobri, com todas essas mudanças do UDC, é que o que eu realmente sempre amei nos Novos Titãs, não são personagens, histórias, equipes ou vilões. É o mito, a filosofia por trás deles. Desde que os conheci, os Titãs me ensinaram a ser alguém melhor, a ser mais humano e aceitar os outros e a mim mesmo como somos. E por isso, e claro por ser um fã de menos data, que as mudanças prometidas não me desagradaram tanto.
Os Titãs sempre sofreram, em todas as fases, em todas as encarnações, seja por mortes, injustiças ou escritores meia-boca. E nunca perderam a majestade e os fãs. Agora, questão de opinião, acredito que não será diferente. O conceito de Titãs será mantido com esses diferentes heróis, ou com os de sempre. E um dia tudo volta ao normal. Pois se é preciso mostrar um mundo melhor, haverá Titãs lá para isso, e unidos! Mas é esperar pra ver...
E pensar que meu primeiro texto na Torre Titã, foi mais ou menos sobre isso...
3 comentários:
Lindo texto, Bro. Concordo que os Titãs são mais do que histórias, são exemplos de conduta, uma filosofia de vida que apesar de fictícia merece ser imitada e transportada para o mundo real. Sou gay e nunca me senti discriminado pelos meus amigos de verdade, pois sei que na amizade, isso é o que menos importa. Amizade não tem sexo, raça ou religião.
Titãs Unidos.........!!!
Concordo Garrit! Mesmo com todas as crises, onde os Titãs são sempre os mais afetados, o grupo de jovens heróis se destaca pela união! É por isso que acredito que no final o conceito familiar dos Titãs será mantido! Ao contrario da LJA, SJA, Renegados e tantos outros grupos os Titãs são amigos! E esse sentimento de cumplicidade e respeito é o que seduz tantos fãs no mundo inteiro! Ninguém é perfeito nos Titãs... os excluídos são acolhidos e tratados como iguais!
Muito legal esta imagem. Os Titas clássicos!
www.jdavidlee.wordpress.com
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