Tradução da matéria originalmente publicada no
site Newsarama, no dia 1 de junho de
2015, escrita por Vaneta Rogers.
Como Estelar terá uma nova direção este mês
pela dupla de escritores Jimmy Palmiotti e Amanda Conner, ela também terá um
visual pela artista Emanuela Luppachino.
Starfire #1 tira
Kory do mundo dos super-heróis e a coloca em Key West, na tentativa de conhecer
“terráqueos normais”, como disse a dupla de escritores ao Newsarama.
E Lupacchino
também está criando um novo visual a Kory, baseado no design de Conner, mas
concentrado no que ela chama de tornar a personagem “sexy, mas não apenas por
causa de seu corpo. Ela é muito mais que isso.”
Lupacchino é
uma artista italiana que despontou nos quadrinhos da Europa e logo em seguida
passou a trabalhar para a Marvel e a DC em títulos como X-Factor e Supergirl.
Newsarama conversou com a artista e conseguiu alguns previews do trabalho dela,
sobre sua experiência incomum, sua proximidade com a personagem do título e o
que os leitores podem esperar de Starfire.
Newsarama:
Emma, eu li que trabalhou em uma série italiana antes de ser contratada para X-Factor na Marvel, que a levou para os
quadrinhos americanos. Você fez muitos trabalhos desde então, mas como foi sua
experiência antes dos quadrinhos?
Emanuela Lupacchino: Minha experiência foi um pouco estranha. Eu trabalhava em
um laboratório de pesquisas, eu sou biotecnóloga e meu trabalho se resumia a
trabalhar com micro-organismos e DNA até seis anos atrás.
Nrama: Uau, é um
pouco diferente do caminho normal para os quadrinhos. O que aconteceu há seis
anos que fez as coisas mudarem?
Lupacchino: Eu
percebi que amava a arte muito mais e tentei fazer disso um meio de vida. Fui a
uma escola por três anos onde aprendi como desenhas revistas em quadrinhos.
Quando comecei na primeira aula, percebi que estava muito mais feliz
trabalhando com arte do que fazendo pesquisas.
Nrama: Vamos
falar sobre o desenvolvimento da sua arte. Como você descreveria o seu estilo?
Lupacchino:
Acho que desenho de um modo clássico. Eu amo trabalhar nos detalhes,
expressões, gestos – passo muito tempo nisso.
Nrama: Você tem
artistas em que se influencia?
Lupacchino:
Minhas influências são muitas, mas os autores mais importantes para mim são os
que estão sempre perto de mim na minha mesa enquanto eu trabalho: Dave Stevens,
Garcia Lopez, Kevin Nowlan, Ryan Sook e Adam Hughes.
Mas toneladas
de outros autores realmente me inspiram com seus trabalhos. Estes são os únicos
com os quais não posso viver sem.
Nrama: Você
lançará uma nova série Starfire no
dia 10 de junho. Como você descreveria a revista?
Lupacchino:
Quando eu li pela primeira vez o script de Starfire,
foi uma surpresa! Eu não esperava nada daquilo que estava lendo. É um novo
mundo, uma nova maneira de descrever uma super-heroína, e é tanto extremamente
realista quanto maluco.
Eles moram
em uma cidade adequada, na Terra, com pessoas reais, mas tudo o que acontece na
história é irreal. Tudo é inesperado. Starfire
tem muita diversão, e drama, e ação. É puro entretenimento e a história não é
previsível. Toda vez que você vira uma página, você se maravilha com a próxima!
Estou
tentando tomar cuidado com cada personagem, porque todos são importantes para a
história – mesmo que não sejam personagens principais, eles conduzem uma parte
específica da história e o jeito que eles aparentam e o jeito que agem são
cruciais.
Nrama: E sobre a
própria Estelar? Qual é sua abordagem visual para a personagem?
Lupacchino: Eu
quero que ela seja inocente e esperta ao mesmo tempo. Ela é capaz de coisas
grandiosas por causa de seus poderes incríveis, mas não estamos focando seus
poderes ou habilidades. Estamos focando em ela viver sua vida enquanto muitas
coisas acontecem. Então, quero que ela seja a mais real possível, com
sentimentos verdadeiros. E quero que ela seja sexy, mas não apenas por causa de
seu corpo. Ela é muito mais que isso.
Nrama: Você pode
descrever as técnicas que usa para criar a arte de Starfire? Você trabalha digitalmente na maior parte da revista?
Lupacchino: Eu
trabalho digitalmente e tradicionalmente. Eu faço no digital toda a parte do
layout.
Eu uso 3D
para fazer prédios, veículos e os ambientes familiares da revista (como a
delegacia, seu trailer, o cara da xerife). Acho isso importante para manter o
mais coerente os lugares onde moram.
Então, eu
trabalho com Cintiq em todos os layouts. É um modo mais rápido de ajeitar a
página – você pode encolher ou alargar os painéis, virá-los e mover as grades
como desejar. É um processo criativo que, fazendo digitalmente, dá oportunidade
de testar várias opções rapidamente.
Uma vez que
os layouts estejam prontos, trabalho tradicionalmente no papel com lápis. A ferramenta
mais preciosa que tenho é a borracha elétrica, para trabalhar nas pequenas
correções no lápis. Quando trabalho com capas, também as arte-finalizo. Então eu
uso o lápis azul em vez do tradicional para fazer a arte preliminar e depois
arte-finalizo.
Nrama: Como
terminamos a entrevista, Emma, tem algo que queira dividir com os leitores
sobre Starfire?
Lupacchino:
Acho que Starfire é muito divertido.
Os personagens e ambientes são tão bem definidos que vocês irão amá-los à
primeira vista. Ela não pertence ao planeta Terra, mas ela é mais humana que
nós. E quanto mais você presta atenção a cada detalhe da revista enquanto lê,
mais diversão terá!
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